[SAIBAMAIS]"O resultado reflete uma piora significativa. Se compararmos ao início do ano, observamos um aumento de 3,8 p.p. das expectativas de inflação em um ano com crescimento negativo do PIB e taxa Selic elevada. Entre os fatores que parecem mais estar impactando as expectativas são o IPCA de 2015, em torno de 10%, e o sentimento de perda de renda dos consumidores. Não se espera que a tendência se altere nos próximos meses, mas, com o aprofundamento da crise, é possível que as expectativas se estabilizem ao longo de 2016", afirmou, em nota, o economista Pedro Costa Ferreira, do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV).
Em dezembro, a faixa de renda mais baixa apresentou elevação no indicador superior às demais faixas pesquisadas, ao subir de 10,1% em novembro para 11,6% em dezembro.
O Indicador de Expectativas Inflacionárias dos Consumidores é obtido com base em informações coletadas no âmbito da Sondagem do Consumidor. Produzidos desde setembro de 2005, os dados vinham sendo divulgados de forma acessória às análises sobre a evolução da confiança do consumidor. Desde maio de 2014, as informações passaram a ser anunciadas separadamente.
A Sondagem do Consumidor da FGV coleta mensalmente informações de mais de 2,1 mil brasileiros em sete das principais capitais do País. Cerca de 75% destes entrevistados respondem aos quesitos relacionados às expectativas de inflação.