Economia

Após reagir à nomeação de Barbosa, dólar termina abaixo de R$ 4,00

O dólar à vista no balcão terminou o dia negociado a R$ 3,9914, em baixa de 0,62%, corrigindo parte da valorização de 1,39% de ontem, quando foi aos R$ 4,0163

Agência Estado
postado em 22/12/2015 18:07
Depois de ultrapassar os R$ 4,00 na segunda-feira, 21, reagindo à nomeação de Nelson Barbosa para o comando do Ministério da Fazenda, esta terça-feira, 22, foi dia de o dólar passar por uma acomodação, embora o desconforto em relação à nova equipe econômica continue a permear os negócios. A moeda norte-americana permaneceu em trajetória de queda por toda a sessão, em uma terça-feira tranquila e com oscilações limitadas pela liquidez mais modesta.

O dólar à vista no balcão terminou o dia negociado a R$ 3,9914, em baixa de 0,62%, corrigindo parte da valorização de 1,39% de ontem, quando foi aos R$ 4,0163

No momento em que a cotação esteve na máxima, no início da tarde, a divisa chegou momentaneamente à estabilidade, refletindo a formação da taxa Ptax, mas o movimento não se sustentou. Além do ajuste técnico, a baixa vista hoje é fortalecida pelo comportamento do dólar no exterior, já que a moeda norte-americana perde fôlego em relação às principais divisas commodities.



O dólar à vista no balcão terminou o dia negociado a R$ 3,9914, em baixa de 0,62%, corrigindo parte da valorização de 1,39% de ontem, quando foi aos R$ 4,0163. Na cotação máxima do dia, a moeda alcançou R$ 4,0161 (estável), logo após o fechamento da Ptax. Já na mínima, a divisa marcou R$ 3,9725 (-1,09%), por volta das 11 horas. No mercado futuro, o dólar para janeiro estava cotado a R$ 4,0085 (-0,40%) perto das 17h30.

Apesar do pregão mais calmo nesta terça-feira, o descontentamento do mercado em relação ao novo ministro da Fazenda persiste. Barbosa, por sua vez, continua tentando convencer os investidores de que seguirá o caminho já trilhado por seu antecessor, Joaquim Levy, e que manterá os esforços para aprovar o ajuste das contas públicas no Congresso. Ele concedeu entrevista coletiva nesta tarde para jornalistas estrangeiros, transmitida por teleconferência.

Barbosa também voltou a negar que existam estudos para a adoção de uma banda para o resultado primário, hipótese já aventada pelo governo e que foi muito mal recebida pelo mercado em outras oportunidades. O ministro aproveitou a ocasião para reiterar o compromisso de alcançar a meta de superávit primário de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2016. Ele se comprometeu ainda a adotar outras medidas para compensar a falta de recursos caso a CPMF não seja aprovada pelo Congresso.

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