Simone Kafruni
postado em 03/01/2016 08:05
Aos 71 anos, a aposentada Lúcia Gercina da Conceição acorda todos os dias às 4h para trabalhar. Se atrasar um minuto, corre o risco de perder o ônibus que a leva de Queimados (RJ), na Baixa Fluminense, para a casa dos clientes nas quais faz faxina. Mirrada, mas com impressionante disposição, sobe e desce escadas, pendura-se nas janelas disposta a não deixar qualquer resquício de sujeira.
[SAIBAMAIS]Lúcia havia se programado para entrar em 2016 trabalhando apenas dois dias da semana. Com o dinheiro poupado nos últimos anos, acreditava que era chegada a hora de reduzir o ritmo e usufruir da aposentadoria. Do meio do ano em diante, se desligaria de vez das faxinas. Mas a queda no poder de compra, provocada por uma inflação resistente, obrigou a idosa a rever os planos.
;Toda a melhora de vida que tive nos últimos anos se foi. Mesmo juntando a minha aposentadoria com o dinheiro da faxina, a conta não fecha. Tive que cortar tudo, inclusive o plano de saúde;, relata Lúcia. O jeito, admite, será adiar o futuro de descanso. ;Já falei com os patrões, aos quais tinha avisado sobre a minha saída, que continuarei trabalhando. Felizmente, eles mantiveram o contrato;, diz.
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