A balança comercial brasileira registrou superavit em 2015 graças ao real desvalorizado e à forte queda nas importações, que despencaram 24,3%, pela média diária de US$ 685,8 milhões, totalizando US$171,4 bilhões. No acumulado do ano, o saldo ficou positivo em US$ 19,7 bilhões, o maior valor desde 2011, quando o superavit foi de US$ 29,8 bilhões.
As exportações somaram US$ 191,1 bilhões de janeiro a dezembro, uma queda de 14,1%, pela média diária de US$ 764,5 milhões, em relação ao mesmo período de 2014, conforme dados divulgados nesta segunda-feira (4/1) pelo Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior (Mdic).
Somente em dezembro, o superavit comercial foi de US$ 6,2 bilhões, o melhor resultado para o mês desde 1995, início da série histórica. Uma ajuda para esse resultado foi a tradicional exportação de plataformas de petróleo, que somou US$ 818 milhões no mês passado, e não implica em um embarque físico para o exterior, apenas contábil.
Queda generalizada
O Brasil não conseguiu registrar crescimento para nenhum país nas exportações, conforme os dados do Mdic. A China permaneceu como o principal destino das exportações brasileiras, comprando US$ 35,6 bilhões no ano passado, volume 11,3% menor que o registrado em 2014. Em segundo lugar ficaram os Estados Unidos, com US$ 24,2 bilhões dos embarques nacionais, registrando queda de 9,7% na comparação com o ano anterior. A Argentina, terceiro maior destino, importou 9,3% menos produtos brasileiros, somando US$ 12,8 bilhões.