Economia

Brasilienses pagam mais caro por legumes, passagens aéreas, gasolina e luz

Segundo pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Brasília teve a inflação mais alta do país em 2015

Hellen Leite
postado em 05/01/2016 13:05
Segundo pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Brasília teve a inflação mais alta do país em 2015

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[SAIBAMAIS]Os legumes e verduras, as passagens aéreas, a gasolina e a tarifa de eletricidade residencial ficaram mais caras em Brasília, segundo dados do Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), da Fundação Getulio Vargas (FGV). De acordo com a pesquisa, de janeiro a dezembro, a inflação na capital federal foi a maior do Brasil, batendo o teto de 11,95%.


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A alta do indicador no último mês do ano foi puxada pelos preços dos alimentos. A maior influência veio do tomate, que ficou 15,17% mais caro para os brasilienses no período, seguida da alta das passagens aéreas, de 11,6%. Pesaram ainda as altas do etanol (3%), da gasolina (1,51%) e da tarifa de eletricidade residencial (1,02%).

Na outra ponta, as maiores influências de queda do IPC-S vieram das massas preparadas e congeladas (-4,22%), do contrafilé (-2,97%), do sabão em pó (-2,64%) e dos computadores e periféricos (-1,61%).

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A auxiliar de serviços gerais, Maria do Socorro Silva, 40 anos, sentiu no bolso os efeitos da inflação do ano de 2015, marcado por ;tarifaços; da energia elétrica. Ela mora em uma casa financiada no Riacho Fundo, com o marido e dois filhos, de 16 e 19 anos. O que mais apertou o orçamento de Maria foi a conta de luz. "No início do ano, eu pagava em média R$ 100 de energia, mas em dezembro a minha conta veio R$ 200. Tive vontade de chorar;, diz.

A tarifa de energia elétrica foi uma das vilãs da inflação em 2015, com alta de 49% no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A falta de chuvas, que reduziu o nível de água nos reservatórios das hidrelétricas e obrigou o acionamento de usinas termelétricas, foi um dos principais fatores para o aumento do custo da energia sentido na conta de luz da maioria dos brasileiros.

Já a trabalhadora autônoma Patrícia Mendes, 42 anos, vende marmitas no Setor de Indústrias Gráficas (SIG) e sentiu a inflação principalmente em itens de alimentação. ;Os alimentos de uma forma geral tiveram aumento dos preços. E para quem trabalha com alimentação é ainda mais complicado, porque diminui a nossa margem de lucro. Nós temos que nos desdobrar para não repassar esses aumentos ao consumidor;, reclama.

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