Os saques da poupança superaram os depósitos em R$ 53,5 bilhões em 2015. Esse é o pior resultado desde o início da série histórica iniciada pelo Banco Central em 1995. O resultado só não foi pior porque, historicamente, em dezembro a captação de recursos é superior ao volume de retiradas com o pagamento do 13; salário. No mês passado, o saldo foi positivo em R$ 4,8 bilhões. Com o aumento do desemprego e a queda na renda real, os brasileiros têm recorrido às economias para tentar manter as contas em dia.
Especialistas detalham que o resultado negativo também está ligado a baixa remuneração da poupança que é de 0,5% ao mês, mais a Taxa Referencial (TR). Com a Taxa Básica de Juros (Selic) em 14,25%, quem consegue fazer economia prefere investir, por exemplo, em títulos públicos ou em fundos de renda fixa. Por outro lado, com a inflação em alta, a maioria das famílias tem gastado mais com energia elétrica, alimentação e gasolina. Assim, o orçamento fica cada vez mais pressionado e não sobra dinheiro.
[SAIBAMAIS]Analistas detalham que a tendência é que a poupança mantenha prejuízos em 2016. Como os indicadores apontam que a taxa de desemprego tende a aumentar ainda mais nos próximos meses, as famílias serão obrigadas a usar as economias para manter as contas em dia. Com a queda na renda real dos trabalhadores e com a desocupação em alta, os economistas avaliam que é difícil pensar em recuperação da poupança.