Economia

Inflação bate 10,67% em 2015 e atinge maior taxa anual desde 2002, diz IBGE

Das 13 regiões pesquisadas pelo IBGE, sete tiveram inflação de dois dígitos. A mais alta foi em Curitiba, de 12,38%

Rosana Hessel
postado em 08/01/2016 09:07
O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,95% em dezembro, acumulando alta de 10,67% nos 12 meses de 2015, a maior inflação desde 2002, quando a carestia subiu 12,53%, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados nesta sexta-feira (8/01). Apesar da queda de 0,05 ponto percentual em relação a novembro, a inflação oficial ficou bem acima da elevação de 0,78% de dezembro de 2014 e da taxa de 6,41% em todo o ano anterior. A meta do governo estipulada pelo Conselho Monetário Nacional é de 4,5% ao ano, com tolerância de 2,00 pontos percentuais para cima ou para baixo.

As maiores altas no último mês de 2015 ocorreram nos grupos Alimentação e Bebidas e Transportes, que ficaram, respectivamente, 1,50% e 1,36%, mais caros. Juntos, esses dois grupos responderam por 66% do IPCA.

Das 13 regiões metropolitanas pesquisadas pelo IBGE, sete tiveram inflação de dois dígitos: Curitiba (12,58%), Fortaleza (11,43%), Porto Alegre (11,22%), São Paulo (11,11%), Goiânia (11,10%), Rio de Janeiro (10,52%) e Recife (10,15%).

O índice regional mais elevado em dezembro foi o da região metropolitana de Fortaleza, que subiu 1,45%, onde os alimentos tiveram alta de 2,32%, de acordo com o IBGE. Brasília ficou em quarto lugar, com elevação de 1,21% no mês passado. O menor índice foi o da região metropolitana de Belo Horizonte, de 0,58%.



Vilões
A cebola, com alta de 13,71%, e o tomate, com elevação de 11,45%, lideraram o grupo dos alimentos e foram os vilões da inflação em dezembro. No acumulado do ano, a cebola foi a grande vilã, com alta de 60,61%. Em segundo lugar ficou o alho, que ficou 53,66% mais caro. Os alimentos fora de casa também tiveram forte aumento dos preços. O cafezinho foi o maior destaque com 15,67% de reajuste no ano.

As passagens aéreas, com aumento de 37,07% acima das tarifas de novembro, puxaram os preços em transportes no mês passado.

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