Economia

Caged de 2015 foi pior que o esperado, diz ministro Miguel Rosseto

Em período de retração econômica e restrição do poder de compra das famílias, Rossetto afirmou que há espaço para a expansão do crédito no País, como motivador de ampliação da demanda

Agência Estado
postado em 21/01/2016 13:19
O ministro do Trabalho e Previdência Social, Miguel Rossetto, afirmou nesta quinta-feira (21/1) que o resultado do Cadastro Geral de Empregado e Desempregados (Caged) de 2015 foi pior que o esperado pelo governo, porém não foi suficiente para reverter as conquistas obtidas pelo trabalhador brasileiro no passado recente. "A crise não foi capaz de destruir as conquistas dos trabalhadores dos últimos anos", ponderou.

Segundo ele, o governo tem trabalhado para retomar a atividade econômica e, por consequência, a geração de empregos.

Em período de retração econômica e restrição do poder de compra das famílias, Rossetto afirmou que há espaço para a expansão do crédito no País, como motivador de ampliação da demanda.

Como argumento para uma possível reversão no quadro negativo do emprego, o ministro disse ainda que o ajuste do câmbio começa a trazer resultados positivos, que há uma reversão da inflação e ampliação de investimentos. Ele ressaltou também que o governo tem tomado medidas necessárias para essa retomada, mesmo em meio a um ambiente internacional mais restritivo.

Salários

Em ano de forte retração no número de vagas de emprego formal, 2015 também apresentou uma redução nos salários dos trabalhadores. De acordo com dados do Caged, os salários médios de admissão tiveram uma queda real de 1,64% no ano passado. O valor médio foi de R$ 1.291,86 em 2014, para R$ 1.270.74.

Rossetto avaliou que o número mostra uma resistência na renda do País, ao argumentar que a queda no número de empregos foi muito forte no ano, com o fechamento de 1,542 milhão de postos, ou uma redução de 3,74% no estoque do mercado formal de trabalho. "Mostra resistência, porque preserva o poder de compra muito próximo à inflação", disse.

A queda dos salários de admissão foi mais acentuada para os homens, com retração de 2,28%, enquanto as mulheres tiveram uma perda real de 0,34%.

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