Jornal Correio Braziliense

Economia

Mercado prevê deficit primário de R$ 68,2 bilhões neste ano

Previsão em levantamento feito pela Fazenda indica que saldo esperado

O mercado piorou as estimativas de receita e desempenho fiscal do governo para este ano e para 2017, de acordo com o relatório Prisma Fiscal, feito pelo Ministério da Fazenda. A mediana das projeções coletadas pela pasta é de um deficit primário de R$ 68,2 bilhões neste ano, ou seja, um rombo de 1,1% do Produto Interno Bruto (PIB) somente para o governo central, sem os governos regionais e as estatais, ainda sem considerar a queda nominal do PIB. Esse dado ficou 28,4% superior à previsão anterior, feita no mês passado, de de deficit de R$ 53,1 bilhões neste ano.

Para 2017, a mediana das expectativas é de um novo rombo fiscal, de R$ 30,8 bilhões, conforme relatório divulgado nesta quinta-feira (21/01), com base em dados coletados em dezembro. No mês passado, o saldo previsto estava negativo em apenas R$ 1,2 bilhão.

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A meta prevista na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) é de superavit primário (economia para o pagamento dos juros da dívida pública) para todo os setor público neste ano é de R$ 30,5 bilhões, ou seja, 0,5% do PIB. Para o governo central, o objetivo fiscal previsto em lei é de R$ 24 bilhões, ou 0,4% do PIB.

Receita cai e despesa cresce

A mediana de expectativa de arrecadação total do governo neste ano teve queda nesta segunda edição do Prisma Fiscal. A deste ano passou de R$ 1,301 trilhão, no mês passado, para R$ 1,295 trilhão, em janeiro. Já a de 2017, passou de R$ 1,422 trilhão para R$ 1,402 trilhão, no mesmo intervalo. A receita líquida prevista é de R$ R$ 1,110 trilhão, neste ano, e de R$ 1,203 trilhão, no ano que vem, o que representa quedas de 0,9% e de 1,8%, respectivamente. Já as estimativas de despesas subiram 0,6%, neste ano, e 2%, no ano que vem, para R$ 1,181 trilhão e R$ 1,259 trilhão, respectivamente.


De acordo com os dados do Prisma Fiscal, a mediana do mercado prevê que a taxa da dívida bruta em relação ao PIB ficará em 74%, em 2016, e em 78%, em 2017.