O estoque da dívida do governo federal cresceu R$ 497 bilhões em 2015, totalizando R$ 2,793 trilhões, ou seja, alta de 21,7% em relação a 2014. No ano anterior, o total de títulos emitidos pelo Tesouro Nacional no mercado interno e externo somou R$ 2,296 trilhões, conforme dados do Plano Anual de Financiamento (PAF).
O custo médio da dívida pública aumentou expressivamente dada a falta de confiança do mercado no governo, que não consegue equilibrar as contas públicas muito menos fazer um ajuste fiscal expressivo que consiga reverter a curva de crescimento dos gastos da União.
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A taxa acumulada em 12 meses da dívida total foi de 16,07% ao ano, acima da taxa básica de juros (Selic), de 14,25%. Em dezembro de 2014, o custo médio era de 11,44% anuais, conforme dados divulgados pelo Tesouro nesta segunda-feira (25/01).
Os maiores detentores da dívida da União em 2015 continuaram sendo as instituições financeiras, mas o percentual caiu de 29,8%, em 2014, para 25%, no ano passado. Em segundo lugar ficaram os fundos de investimento, com 19,6% de participação. Em 2014, esse percentual era de 20,3%. Já a fatia de estrangeiros subiu de 18,6% para 18,8% no mesmo período. Enquanto isso, o naco dos fundos de previdência passou de 17,1% para 21,4% de 2014 para 2015.
Nova meta
O Tesouro divulgou hoje os parâmetros do Plano Anual de Financiamento de 2016 e prevê um teto de R$ 3,3 trilhões para o estoque da dívida pública.
Em 2015, o teto da dívida era de R$ 2,320 trilhões, mas ele foi alterado em agosto para R$ 2,8 trilhões, com piso de R$ 2,650 trilhões.