O chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Tulio Maciel, explicou que essa forte queda é resultado do câmbio e a expectativa é que a esse deficit seja ainda menor neste ano. ;Os dados para 2016 são que também continue diminuindo, mas em proporção menor que a observada em 2015;, disse.
As transações correntes entre o Brasil e o resto do mundo ficaram no vermelho em US$ 2,5 bilhões em dezembro de 2015. No ano, o rombo foi de US$ 58,9 bilhões, o equivalente a 3,3% do Produto Interno Bruto (PIB). Em 2014, o saldo ficou negativo em US$ 104,2 bilhões, ou 4,3% do PIB. ;2015 foi um ano de ajuste importante. Como proporção do PIB o deficit das contas externas recuou 4,3% para 3,3% do PIB. Para 2016 a gente espera que esse ajuste continue ocorrendo na mesma direção;, disse Maciel. Segundo ele, o governo espera que o deficit em conta-corrente deste ano fique em US$ 41 bilhões, ou seja, 2,7% do PIB.
Menos investimento
Pela nova metodologia do BC, que inclui empréstimos intercompanhias, o total de investimentos diretos no país somou US$ 75,1 bilhões em 2015, registrando uma queda de 22,4% em relação aos US$ 96,8 bilhões de 2014. Somente a entrada de Investimento Estrangeiro Direto (IED) somou US$ 11,6 bilhões, no último mês do ano, e US$ 64,4 bilhões, no acumulado de 2015.
A conta de serviços ficou deficitária em US$ 2,5 bilhões em dezembro passado, quase metade do saldo negativo de US$ 4,8 bilhões. No ano, essa despesa recuou 23,1% na comparação com 2014, para US$ 37 bilhões, conforme dados do BC.