postado em 28/01/2016 09:54
A retomada das reuniões do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), o Conselhão, é vista como uma última cartada da presidente Dilma Rousseff para resgatar a credibilidade. Criado em 2003, pouco depois da posse de Luiz Inácio Lula da Silva, o fórum era uma estrela de primeira grandeza no Palácio do Planalto. Mas foi perdendo importância, em grande parte devido ao desinteresse da presidente pelas discussões. O grupo reuniu-se pela última vez em meados de 2014. No ano passado, não funcionou uma única vez.<--[if gte mso 9]>
[SAIBAMAIS]O objetivo do Palácio do Planalto é ofertar linhas de financiamentos a empresas de diversos tamanhos, aos produtores rurais e aos trabalhadores do setor privado, com juros diferenciados. O pacote soma algo em torno de R$ 55 bilhões, podendo chegar a R$ 60 bilhões.
A presidente Dilma Rousseff e o ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, assinaram dois decretos que alteram a composição do conselho. O colegiado de assessoramento à Presidente agora terá 92 integrantes, dois a mais que a formação original, lançada em 2003. O CDES será reinstalado na tarde desta quinta-feira (28/1), em cerimônia no Palácio do Planalto. Haverá pronunciamento de seis ministros, oito representantes do setor privado e de entidades sindicais e discurso da presidente Dilma. O ministro Jaques Wagner fará a abertura do evento, prevista para às 14h30, e Dilma, o encerramento, três horas depois.
Conheça as medidas que o governo começa a anunciar hoje, para dar fôlego extra ao caixa:
Grandes e médias empresas
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai disponibilizar quase R$ 22 bilhões em empréstimos, a taxas diferenciadas, para financiar exportações, reforçar o capital de giro e apoiar projetos de infraestrutura, entre outros itens.
Micro e pequenas empresas
Poderão pleitear crédito para a capital de giro de ao menos R$ 3 bilhões em recursos do BNDES, da Caixa e do Banco do Brasil em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). As negociações ainda continuam.
Agronegócio
Os produtores rurais poderão dispor de R$ 10 bilhões em crédito agrícola, além do que o Banco do Brasil já disponibiliza anualmente por meio do Plano Safra.
Consumidor
Quem tem conta do FGTS poderá usar 10% do saldo , mais a multa de 40% a ser paga pelo empregador em caso de demissão, como garantia para tomar empréstimos consignados. O governo espera viabilizar operações no valor total de R$ 6 bilhões.
Construção civil
O setor receberá estímulo de cerca de R$ 12 bilhões por meio da Caixa para créditos pra o Minha Casa Minha Vida e para outros pequenos programas.
Com informações de Rosana Hessel, Paulo Silva Pinto e Agência Estado