postado em 28/01/2016 10:04
O Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) avançou neste começo do ano, passando de uma alta de 0,49%, em dezembro, para 1,14%, em janeiro. Essa variação é maior do que a registrada há um ano, quando o índice havia atingido 0,76%. No acumulado dos 12 meses, a taxa indica aumento de 10,95%. O índice acumulado é utilizado para o cálculo do reajuste do aluguel e de tarifas públicas, entre outros tipos de correção.O levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV) foi calculado com base nos preços coletados entre os dias 21 de dezembro e 20 de janeiro.
Foram constatadas elevações nos três componentes da taxa. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) subiu de 0,39% para 1,14% e , no acumulado de 12 meses, apresentou variação acima da média do IGP-M, com 11,84%. Entre as principais altas estão os itens de commodities (produtos primários com cotação no mercado internacional) como, por exemplo, a soja (em grão, de -2,59% para 1,83%); o minério de ferro (de -8,57% para -3,44%) e o milho (em grão, de 1,51% para 9,68%). As aves apresentaram recuo de 2,48%, ante uma alta de 2,39% para -2,48%; a cana-de-açucar teve uma subida de preço menos intensa (de 3,30% para 1,39%) e a mandioca passou de 12,23% para 4,71%).
No varejo, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) ganhou força ao passar de 0,92% para 1,48%. Seis das oito grupos pesquisados apresentaram acréscimos com destaque para educação, leitura e recreação (de 1,05% para 3,67%). Entre as pressões estão os cursos formais, que em dezembro estavam com preços estáveis e, em janeiro, foram corrigidos em 6,67%. Os alimentos também causaram impacto, com avanço na média de 2,36% ante uma alta em dezembro de 1,7%.
O terceiro componente do IGP-M , o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) saltou de 0,12% para 0,32%, refletindo tanto o aumento dos preços dos materiais, equipamentos e serviços (de 0,23% para 0,52%) quanto da mão de obra (de 0,02% para 0,15%).