Antonio Temóteo
postado em 28/01/2016 12:30
O rombo nas contas do governo federal chegou a R$ 114,9 bilhões em 2015, o segundo consecutivo, conforme dados divulgados nesta manhã (28/01) pelo Tesouro Nacional. Esse é o maior déficit primário, desde o início da série histórica em 1997 e corresponde a 1,94% do Produto Interno Bruto (PIB).Em dezembro, o resultado do governo central foi negativo em R$ 60,7 bilhões, também o pior resultado da série histórica. Naquele mês, o Executivo quitou as pedaladas fiscais ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e aos bancos públicos. Foram desembolsados R$ 55,8 bilhões.
Parte do déficit também está relacionado a queda real de 6,3% nas receitas em relação a 2014. Para piorar a situação, as despesas subiram 2,1%, na mesma comparação. Ao longo de 2015, a equipe econômica foi obrigada a rever a meta fiscal para ajustar o número à queda na arrecadação e ao pagamento das pedaladas.
Com isso, a meta para o governo central foi fixada em R$ 118,7 bilhões. Esse número inclui R$ 51,8 bilhões de frustração de receitas em geral, R$ 11 bilhões de frustração de receitas com o leilão de usinas hidrelétricas e R$ 55,8 bilhões para acomodar o pagamento das pedaladas.
Como o rombo do ano ficou em R$ 114,9 bilhões, o compromisso do governo acabou sendo cumprido. De acordo com o Tesouro Nacional, as despesas fecharam 2015 num patamar recorde, correspondendo a 20,2% do PIB.