Jornal Correio Braziliense

Economia

Brasil perdeu 8% das linhas de celular no ano passado, diz Anatel

O país encerrou dezembro de 2015 com 257,8 milhões de linhas móveis



"As operadoras aproveitaram para limpar sua base e, com isso, evitar o pagamento de taxas sobre usuários pré-pagos que estavam inativos", explica Eduardo Tude, presidente da consultoria Teleco. De acordo com a Anatel, uma linha pré-paga pode ser considerada inativa caso não tenha recebido recarga 60 dias após a expiração dos últimos créditos carregados.

Entre as operadoras, a Vivo registrou queda de 6,2 milhões de acessos em dezembro - a maior entre as operadoras. O cancelamento dessas linhas pode ter rendido à operadora economia de cerca de R$ 83 milhões em pagamentos ao Fistel.

A TIM, por sua vez, teve redução de 3 milhões de linhas (economia de cerca de R$ 40 milhões) , enquanto Claro e Oi registraram recuo de 1,4 milhão (R$ 18,8 milhões) e 1,1 milhão de linhas (R$ 14,8 milhões), respectivamente.

Segundo Tude, a queda deve continuar nos próximos meses: "Com o uso mais intenso de aplicativos de mensagem, muitos brasileiros tem abandonado o segundo ou terceiro chip."

É o caso da historiadora gaúcha Samantha Thiesen. No início de 2015, ela gastava R$ 200 por mês com dois chips pré-pagos - um da Claro, outro da Tim. Hoje, Samantha abandonou o chip da Claro e contratou um plano pós-pago da TIM, reduzindo seus gastos com celular para cerca de R$ 80 por mês.

Ela não é a única: apesar da queda nos pré-pagos, o número de pós-pagos teve crescimento em 2015, passando de 67,8 milhões em dezembro de 2014 para 73,2 milhões de linhas ativas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.