O dólar fechou nesta quarta-feira (03/02) no menor patamar de 2016, sob influência do exterior e em meio a comentários sobre atuação de instituições públicas no mercado. O dólar à vista fechou em baixa de 1,92%, aos R$ 3,9158. Já a divisa para março caía 2,20%, aos R$ 3,9310, no fim da tarde.
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O viés negativo para a moeda americana era forte desde a manhã. O forte avanço do petróleo tanto em Nova York quanto em Londres favorecia as divisas de países exportadores de commodities, em detrimento do dólar. Alguns dados divulgados nos EUA posteriormente, como o índice dos gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) de serviços (de 54,3 para 53,2 em janeiro) reforçaram a tendência de baixa das cotações em alguns momentos. Na máxima do dia, vista às 13h38, o dólar marcou R$ 3,9757 (-0,42%) para, durante a tarde, intensificar mais a trajetória negativa.
Profissionais ouvidos pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, disseram que, pelas mesas de operação, também circulavam rumores de que uma instituição pública estaria influenciando as cotações. Estes comentários fizeram o dólar à vista chegar a ser cotado, às 16h10, na mínima de R$ 3,9147 (-1,95%). Operadores também citavam, durante a tarde, comentários de que o Banco Central pode, sim, elevar a Selic (a taxa básica de juros) em suas próximas reuniões. Se isso ocorrer, em tese, o Brasil ficará ainda mais atrativo para investimentos de estrangeiros.