Economia

FMI quer ampliar rede de segurança financeira global para lidar com choque

Lagarde explicou que a rede inclui as regras e convenções que governam as taxas de câmbio, as reservas, os fluxos internacionais de capitais e também os arranjos oficiais que permitem países a acessar liquidez em tempos de turbulência

Agência Estado
postado em 04/02/2016 17:10
A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, defendeu uma "rede de segurança financeira global" mais forte e ampla. Essa rede, que teria mais instrumentos internacionais para dar aos países acesso a liquidez, é uma das ferramentas para lidar com eventuais choques e turbulências do mercado financeiro mundial que podem ocorrer pela frente. O FMI vai discutir o assunto com seus membros nos próximos meses, disse ela.

"Temos a visão no FMI de que a rede de segurança financeira é uma importante parte de um bom sistema financeiro internacional e precisa estar forte e rapidamente disponível para lidar com qualquer circunstância", disse ela em entrevista a jornalistas pela internet nesta quinta-feira (4/2).

Lagarde citou como exemplo que essa rede de segurança seria útil para um país que está enfrentando um forte choque doméstico ou quando um choque externo está pressionando uma economia e é necessário acesso rápido a capital.

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"Vamos trabalhar em instrumentos financeiros existentes, como as linhas de crédito flexíveis ou as linhas preventivas de liquidez ou outros tipos de instrumentos", disse. Enquanto a rede de segurança se expandiu em tamanho e cobertura desde a crise de 2008, também se tornou mais fragmentada e assimétrica, afirmou Lagarde. Muitos emergentes não conseguem acesso às linhas internacionais de swap entre bancos centrais, completou.

Lagarde explicou que a chamada "rede de segurança financeira" inclui as regras e convenções que governam as taxas de câmbio, as reservas, os fluxos internacionais de capitais e também os arranjos oficiais que permitem países a acessar liquidez em tempos de turbulência. Entre estes arranjos, ela citou como exemplo as linhas internacionais de swap entre os bancos centrais e outras instituições usadas na crise de 2008.

"Podemos pensar em ampliar e fortalecer instrumentos financeiros globais preventivos que funcionem para todos. Podemos pensar em aumentar o tamanho da rede de segurança", disse.

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