Paulo Silva Pinto
postado em 28/02/2016 08:00
O Brasil tem nesta semana um encontro marcado com o passado. Vai descobrir quanto foi o Produto Interno Bruto (PIB) de 2015, a ser divulgado na quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os olhares estarão, porém, recuados vários anos no tempo.Com queda prevista por analistas de mercado de aproximadamente 4%, aliada à desvalorização do real, o PIB brasileiro em dólar será equivalente a 2,46% do produto mundial, de acordo com as contas da Austin Rating. O ano mais recente em que em atingimos patamar inferior a esse foi 2007 (2,43%). E vamos continuar ladeira abaixo. Até 2020, o horizonte das previsões, teremos chegado a 2,15%. Bem distantes do nosso ápice de 2011: 3,61%. É exatamente nesse patamar que a Índia estará em 2020. A China terá 17,94% do total mundial.
Para o economista-chefe da Austin, Alex Agostini, o resultado dessa perspectiva negativa afastará ainda mais investimentos, pois o dinheiro procura locais promissores. ;Se o país está encolhendo em dólares é porque há problemas crônicos;, explica.
Os brasileiros têm se perguntado como chegamos aqui e quando vamos sair desta. A decadência até o patamar em que estamos foi um processo de anos. A escalada de volta não deve ser curta, avisam analistas. A situação ainda vai piorar antes de melhorar. ;Estamos em uma plataforma de petróleo que afunda;, avisa o economista Paulo Rabelo de Castro, da RC Consultores. A troca de Joaquim Levy por Nelson Barbosa, no Ministério da Fazenda, é apontada como uma razão determinante para o aumento recente das percepções ruins.
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