Economia

'Geap não vai quebrar', diz Saraiva Neves, diretor da entidade

Associação de servidores questiona rombo de R$ 240 milhões nas contas da operadora. Apesar dos problemas, dirigente afirma que receitas estão crescendo

postado em 06/03/2016 08:03
Saraiva Neves destaca que a arrecadação da entidade passou de R$ 1,6 bilhão, em 2011, para R$ 3 bilhões em 2015
A Geap Autogestão em Saúde, principal operadora de planos de saúde dos servidores públicos federais, foi alvo, em 2011, de intervenção fiscal da Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) e da Agência Nacional de Saúde (ANS), que apontaram ;anormalidades econômico-financeiras e administrativas graves que colocavam em risco o atendimento à saúde;. Também foi fiscalizada pelo Tribunal de Contas da União (TCU), além de sofrer acusações de uso político, que quase a levaram à bancarrota.

;A Geap não vai quebrar, não tem rombo e o atendimento não está ameaçado. Pelo contrário, o faturamento cresce a cada dia e a procura de novos credenciados, também;, garante Luís Carlos Saraiva Neves, diretor-executivo da entidade. Segundo ele, a arrecadação anual, que em 2011 foi de R$ 1,6 bilhão, chegou a R$ 3 bilhões em 2015.

Apesar disso, a polêmica não para. Paulo César Regis de Souza, presidente da Associação Nacional dos Servidores da Previdência Social (Anasps), questiona por que, com tanto dinheiro, a Geap ;não tem um hospital próprio, uma emergência, um ambulatório, um laboratório de análise, um tomógrafo, uma ressonância, uma ambulância ou uma UTI móvel e usa, muitas vezes, a mesma rede de serviços dos planos privados;. E ainda acumula um rombo em torno de R$ 240 milhões. ;Não há rombo. Esses recursos fazem parte de uma reserva técnica exigida pela ANS;, rebate Saraiva Neves. ;Mas esse sistema, de forma alguma, ameaça o atendimento.;



No início deste ano, a discussão esquentou, depois que a Geap estabeleceu um aumento de 37,55% nas mensalidades. Várias entidades, encabeçadas pela Anasps, entraram na Justiça exigindo que o reajuste fosse extinto. A maioria não conseguiu o acatamento total do pedido. Mas os juízes que analisaram as ações reduziram o percentual para 20% ; corresponde à inflação dos itens e dos serviços médicos.

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