Economia

Governo Federal aposta em crédito maior para imóveis

Caixa anuncia mudanças nos financiamentos, para estimular o setor imobiliário, e injeção de R$ 16,1 bilhões no sistema. Construtores consideram medidas positivas, mas temem que, sem redução das incertezas no país, demanda continue baixa

Rodolfo Costa
postado em 09/03/2016 06:00
O governo está apostando as fichas na injeção de crédito para aquecer o mercado imobiliário. A Caixa Econômica Federal anunciou ontem um pacote de medidas que prevê o incremento de R$ 16,1 bilhões, com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), ao volume de concessões para estimular o financiamento de imóveis. Esse aumento provém dos R$ 22,5 bilhões liberados em fevereiro pelo Conselho Curador do fundo.

Do total aportado, a Caixa aplicará R$ 7 bilhões na linha de crédito Pró-Cotista, financiamento que usa recursos do Programa Especial de Crédito Habitacional ao Cotista do FGTS. Para contratar, o consumidor precisa ter conta ativa no FGTS e um mínimo de 36 contribuições ao fundo, seguidas ou não. Caso não tenha, será preciso que o saldo total no fundo seja igual ou maior que 10% do valor do imóvel ou da escritura.

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Outros R$ 6,7 bilhões serão aplicados na compra de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) ; títulos de renda fixa, baseado em créditos imobiliários. O restante será empregado na construção de imóveis de até R$ 500 mil pelas empresas do setor.

Mudança de rumo

A Caixa voltou atrás em decisões tomadas anteriormente, que foram prejudiciais ao setor. Elevou o limite máximo de financiamento para imóveis usados ; que utilizam recursos da caderneta de poupanças. O teto, que havia caído, em maio do ano passado, de 80% para 50%, subiu para 70% no caso de casas e apartamentos que se encaixam no Sistema Financeiro de Habitação (SFH), em imóveis de até R$ 750 mil. Para servidores públicos, essa banda aumentou de 60% para 80%.

Caixa anuncia mudanças nos financiamentos, para estimular o setor imobiliário, e injeção de R$ 16,1 bilhões no sistema. Construtores consideram medidas positivas, mas temem que, sem redução das incertezas no país, demanda continue baixa

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