Economia

Consumidores precisam ter cautela com novas regras para financiar imóveis

Uma das dicas é não comprometer mais do que 30% da renda com prestações e economizar o máximo possível para a entrada

Rodolfo Costa , Isabella Alvim - Especial para o Correio
postado em 10/03/2016 09:58
As novas regras apresentadas pela Caixa Econômica Federal para o financiamento imobiliário deram alento aos consumidores que pensam em comprar a casa própria. Mas é preciso cuidado. É imprescindível considerar bem o que outras instituições financeiras oferecem e seguir uma das precauções recomendadas pelo próprio mercado: não comprometer mais do que 30% da renda com as prestações do empréstimo.

Os especialistas recomendam: ao estudar a compra de um imóvel, todas as despesas devem ser colocadas na ponta do lápis para se ter certeza de que a prestação cabe no orçamento. Durante o prazo de financiamento, que pode chegar a 30 anos, os consumidores devem ter em mente que conviverão apenas com 70% do salário. É com essa consciência que a trabalhadora doméstica Rosa Carvalho, 34 anos, está planejando a compra da casa própria, de até R$ 250 mil. ;É o preço que tenho encontrado para um imóvel de dois quartos;, disse.

Rosa espera comprometer 26% da renda familiar dela e do marido, de R$ 3 mil, com o pagamento das parcelas do empréstimo. Para viabilizar a aquisição do imóvel, ela está economizando como pode. Apesar de a Caixa ter aumentado a cota do valor de financiamento de unidades usadas de 50% para até 70% ; no caso de trabalhadores celetistas ;, ela pensa em continuar juntando dinheiro e vender um lote no Maranhão, avaliado em R$ 20 mil, para contratar o menor volume possível de crédito. ;Minha intenção é dar metade do valor da casa como entrada;, explicou.

A perda do poder de compra para a inflação é um dos fatores que devem ser colocados na balança por quem pensa em comprar um imóvel. É importante também analisar a situação financeira da empresa e do setor em que trabalha, avaliou Myrian Lund, planejadora financeira e professora da Fundação Getulio Vargas (FGV). ;Diante da atual conjuntura, se a pessoa perde o emprego, é difícil saber quanto tempo levará para arranjar outro. A compra de um imóvel é um compromisso de longo prazo e, por isso, o consumidor precisa se sentir estável para não ser pego de surpresa;, ponderou.



Para se prevenir, além das economias para a entrada do imóvel, é importante que as pessoas preparem uma reserva financeira de emergência. ;Esse estoque permite que, em caso de desemprego, o consumidor tenha como cobrir despesas fixas;, disse Myrian. O ideal, na opinião dela, é que o montante supra os gastos de um período de, pelo menos, seis meses do salário atual. Outra recomendação é que os consumidores não deixem de pesquisar e comparar as condições oferecidas pelas instituições financeiras. ;A Caixa nem sempre é a melhor opção. É possível conseguir taxas menores em outros bancos;, garantiu a educadora financeira.

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