O emprego na construção brasileira registrou queda de 1,08% em janeiro, na comparação com dezembro, segundo pesquisa do Sinduscon-SP em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV), com base em informações do Ministério do Trabalho e do Emprego, desconsiderando fatores sazonais. No mês, o saldo líquido entre demissões e contratações ficou negativo em 32,146 mil.
[SAIBAMAIS]Em 12 meses, o número líquido de demitidos em todo País na construção foi de 474,658 mil trabalhadores, uma queda de 14,06% nos empregos. O estoque de emprego no setor terminou o mês em 2,900 milhões.
O presidente do Sinduscon-SP, José Romeu Ferraz Neto, ressaltou que, pelo segundo ano consecutivo, houve redução do nível de emprego em janeiro, "um mês que normalmente é de contratações na indústria da construção, depois da queda sazonal que costuma ocorrer nos meses de novembro e dezembro".
Para ele, o dado é preocupante e reforça a necessidade de maior rapidez na adoção de medidas de estímulo à construção. Entre as ações possíveis, ele citou novas concessões e parcerias público-privadas federais, estaduais e municipais "que sejam realmente atrativas aos investidores nacionais e estrangeiros". Além disso, o executivo pede a desburocratização na aprovação de projetos e financiamentos, e incentivos à industrialização de obras.
Considerando a sazonalidade, o indicador de emprego no País caiu 0,10% em janeiro, ante dezembro, com perda de 2,886 mil vagas de trabalho na base mensal.
São Paulo
No Estado de São Paulo, o emprego caiu 0,76% em janeiro em relação a dezembro, desconsiderando efeitos sazonais, com o corte de 6,016 mil vagas. Considerando a sazonalidade, houve alta no período, de 0,76% (%2b5,797 mil vagas). Na comparação de janeiro com igual mês do ano passado, a baixa atingiu 10,03% ou 86,254 mil vagas. O estoque de trabalhadores ficou em 773,608 mil.