Jornal Correio Braziliense

Economia

Barbosa: impacto da reforma da Previdência apareceria em cinco ou dez anos

O ministro comentou que se trata "de uma conquista do trabalhador brasileiro" e que o governo não está retirando direitos, mas precisa rever alguns gastos



CPMF
Barbosa afirmou que a nova CPMF é a melhor alternativa para ajudar as contas do governo, porque ela tem um impacto disperso sobre a economia e também um efeito menor sobre a inflação. Segundo o ministro, o tributo não é uma jabuticaba, pois existem imposto similares - e permanentes - em países como a Argentina e a Colômbia. "Para nós, será temporária, para fazer a travessia", assegurou.

Ele comentou ainda que a carga tributária no Brasil, ao contrário do que dizem algumas instituições, caiu em 2015, principalmente quando se trata de impostos e contribuições não previdenciários. "Mesmo com a volta da CPMF, a carga não subirá para um nível superior a 2011. É uma recomposição de receita temporária, enquanto a gente trabalha na reestruturação das despesas", explicou.

Barbosa lembrou ainda que outros impostos poderiam ter um efeito distorcivo maior, porque se concentrariam em uma ou outra atividade, enquanto a CPMF abrange todos os setores.