Economia

Justiça francesa investigará a sociedade de investimentos de Strauss-Kahn

A LSK, que Strauss-Kahn queria converter em um fundo especulativo de 2 bilhões de dólares, foi declarado em falência em novembro de 2014

postado em 24/03/2016 14:18

Paris, França
- A justiça francesa investigará uma sociedade de investimento luxemburguesa presidida pelo ex-diretor-gerente do FMI, Dominique Strauss-Kahn, até outubro de 2014, atualmente em quebra, para determinar se os antigos acionistas podem ter sido enganados.

[SAIBAMAIS]O Ministério Público de Paris iniciou em 7 de março uma investigação judicial para esclarecer acusações de fraude organizada, apropriação indevida, entre outros crimes, informou nessa quinta-feira à AFP uma fonte próxima.

"Os investigadores se interessam pelo funcionamento da LSK a partir de 2007 e não apenas no período no qual Dominique Strauss-Kahn estava na direção do conselho de administração (entre setembro e outubro de 2014)", afirmou a fonte.

O advogado do antigo diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Jean Veil, não comentou o caso.



Dominique Strauss-Kahn é acusado por vários acionistas de ter apresentado, no momento em que eles entraram no consórcio, uma situação financeira que não corresponde à realidade.

A LSK, que Strauss-Kahn queria converter em um fundo especulativo de 2 bilhões de dólares, foi declarado em falência em novembro de 2014, poucos dias depois do suicídio em Tel Aviv de seu fundador Thierry Leyne.

O ex-diretor-gerente do FMI deixou a sociedade poucos dias antes da morte de Leyne.

O fundo deixou um passivo de quase 100 milhões de euros, com o prejuízo de 150 credores, entre eles a Receita de Luxemburgo, disse uma fonte próxima ao caso.

A carreira de Strauss-Kahn, grande favorito para ocupar a presidência da França 2011, foi profundamente abalada em maio de 2011, quando uma funcionário do hotel Sofitel de Nova York, Nafissatou Diallo, o acusou de abuso sexual. O caso foi resolvido meses depois com um acordo financeiro confidencial.

Em junho, a justiça francesa o absolveu das acusações de organizar festas com prostitutas.

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