Com a desaceleração do crescimento mundial, o Fundo Monetário Internacional (FMI) defende o fomento à inovação através de medidas de apoio à pesquisa e ao desenvolvimento, segundo o relatório publicado nessa quinta-feira (31/3).
"As políticas fiscais podem desempenhar um papel importante no estímulo à inovação, e em seu impacto sobre a pesquisa e o desenvolvimento, o espírito empresarial e a transferência de tecnologia", afirma o FMI em um documento apresentado para a assembleia semestral que se realizará na próxima semana em Washington.
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Entre seus recomendações, o FMI considera que as empresas deveriam investir 40% a mais em inovação e desenvolvimento, já que isso poderia contribuir no aumento a longo prazo de 5% do Produto Bruto Interno dos países, o que beneficiaria a economia mundial.
Segundo as estatísticas do Fundo, apenas Estados Unidos, Austrália, Alemanha, Suécia França e Finlândia gastam mais de 2% de seu PIB em inovação e desenvolvimento.
Políticas fiscais adequadas podem ajudar a compensar os períodos de baixo crescimento econômico, e o acesso ao crédito fica mais difícil para as empresas, indica o relatório.
Os especialistas do FMI consideram que esses tipos de incentivos fiscais dos direitos de propriedade intelectual, introduzidos na Europa sob o nome de "Box Regimes" (ou "Quadros de patentes"), ainda têm que demonstrar sua eficácia para promover a inovação e no desenvolvimento.