Agência Estado
postado em 15/04/2016 18:41
Os ativos no Brasil voltaram a refletir nesta sexta-feira (15/04) a avaliação que tomou conta dos mercados nesta semana: a de que o processo de impeachment será aprovado na Câmara. A sensação de que o governo Dilma Rousseff caminha para o fim, apesar dos esforços da base aliada, fez a Bovespa subir 1,56% hoje, aos 53.227,74 pontos.
Desde cedo, investidores buscavam ativos de maior risco, como as ações, à espera da votação de domingo na Câmara. O fato de o governo ter sofrido derrota na noite de ontem no Supremo Tribunal Federal (STF), em mandado impetrado pela Advocacia-Geral da União para anular o processo de impeachment, favorecia a alta da Bovespa.
Além disso, investidores reagiam ao Placar do Impeachment, do Grupo Estado, que já na noite de ontem indicava que a oposição tem votos suficientes para dar continuidade ao processo de impeachment. Na tarde de hoje, o levantamento indicava 347 deputados a favor do impeachment e 129 contrários. Há 12 indecisos e 25 não responderam. São necessários 342 votos para o impeachment passar pela Câmara.
Para alguns profissionais ouvidos pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, o avanço da Bovespa também ocorreu porque há investidores apostando em mais um rali de alta a partir de segunda-feira, quando todos saberão se, de fato, o impeachment será aprovado na Câmara.
Petrobras ON subiu 3,92% e o papel PN da estatal teve alta de 5,79%, enquanto Vale ON avançou 2,20%, e Vale PNA teve ganhos de 3,55%. Os dois ativos, referenciais na Bovespa, reagiram diretamente à questão política. Prova disso é que, no exterior, hoje foi dia de queda do petróleo e do minério de ferro, o que geralmente penaliza as ações dessas companhias no Brasil.