Economia

Relatório do FMI mantém perspectiva de recuo de 3,8% do PIB neste ano

%u201CO Brasil segue em profunda recessão%u201D, afirmou o diretor para o Departamento do Hemisfério Ocidental do FMI

postado em 28/04/2016 06:03
Os principais riscos para a economia brasileira estão ligados ao cenário político turbulento. A constatação faz parte de uma nova análise sobre o Brasil, divulgada ontem pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). De acordo com o relatório da instituição, a situação complicada em Brasília afetou a capacidade do governo de promover reformas econômicas essenciais, incluindo medidas para melhorar as contas fiscais, e esse movimento pode atrasar a recuperação econômica do país.

;O Brasil segue em profunda recessão;, afirmou o diretor para o Departamento do Hemisfério Ocidental do FMI, Alejandro Werner. E a situação, no entendimento do FMI, tem pouca influência do cenário externo, apesar de ter ficado mais difícil. Para o Fundo, a culpa dos problemas econômicos é principalmente de fatores no próprio país, que reduziram o consumo e o investimento privado.

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[SAIBAMAIS];Vários fatores internos contribuíram para aumentar a incerteza e reduzir a demanda doméstica;, afirma o FMI, comandado por Christine Lagarde. Entre eles, o documento destaca principalmente a deterioração das contas fiscais em meio às dificuldades de aprovação no Congresso de medidas de ajuste e políticas econômicas inconsistentes.

A situação da economia brasileira, somada as dificuldades de países como Equador, Argentina e Venezuela ameaçam o desempenho da América Latina, que, de acordo com o Fundo, deve encolher 0,5% em 2016, marcando o segundo ano consecutivo de retração. De acordo com o relatório, uma piora adicional no país pode levar a uma mudança repentina nos preços dos ativos da região, alteração de prêmios de risco e menor demanda por exportação.

A previsão do FMI para o Brasil é de que o Produto Interno Bruto (PIB) do país vai contrair 3,8% este ano, mesmo montante de 2015, marcando um período de recessão histórica. Em 2017, a expectativa é de economia estagnada. A expectativa é de que a atividade econômica volte a crescer ao longo de 2017, mas, na média geral do ano, deve ter expansão zero. Por isso, a previsão de PIB estável.

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