Agência Estado
postado em 29/04/2016 09:54
A taxa de desocupação no Brasil ficou em 10,9% no primeiro trimestre de 2016, de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados nesta sexta-feira, 29, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Trata-se do maior resultado já registrado na série da pesquisa, iniciada no primeiro trimestre de 2012.O dado ficou dentro das expectativas dos analistas do mercado financeiro ouvidos pelo AE Projeções, que estimavam uma taxa de desemprego entre 10,10% e 11,10%, com mediana de 10,70%.
No quarto trimestre do ano passado, a taxa de desemprego medida pela pesquisa estava em 9,0%. Nos primeiros três meses de 2015, o resultado foi de 7,9%.
Número de desempregados
O número de desempregados no Brasil atingiu também recorde. São 11,089 milhões de brasileiros atrás de um emprego sem encontrar. Trata-se do maior registro da série, iniciada no primeiro trimestre de 2012.
O número de desocupados cresceu em todos os confrontos. Ante os três primeiros meses de 2015, a alta foi de 39,8%, o que significa 3,155 milhões de pessoas a mais na fila por uma vaga. Na comparação com o quarto trimestre, a alta foi de 22,2%. Apenas na passagem do trimestre, 2,016 milhões de brasileiros engrossaram a busca por trabalho.
Enquanto a procura aumenta, a disponibilidade de vagas diminui. O Brasil fechou 1,384 milhão de vagas no primeiro trimestre de 2016 ante igual período de 2015, uma queda de 1,5% no período. No confronto com o quarto trimestre do ano passado, o baque foi ainda maior, com extinção de 1,606 milhão de postos, recuo de 1,7%.
O número de pessoas que fazem parte da força de trabalho - em atividade ou dispostas a conseguir emprego - aumentou 1,8% entre janeiro de março deste ano ante igual período de 2015 (1,771 milhão de pessoas a mais). Ante o quarto trimestre de 2015, a alta foi de 0,4% (mais 410 mil pessoas).
Renda
A renda média real do trabalhador foi de R$ 1.966 no primeiro trimestre de 2016. O valor representa queda de 3,2% ante igual período do ano passado. Já na comparação com o quarto trimestre de 2015, houve avanço de 0,3%.
A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 173,45 bilhões no primeiro trimestre deste ano, queda de 4,1% ante igual período de 2015. Já em relação ao quarto trimestre do ano passado, houve retração de 1,3%.
Desde janeiro de 2014, o IBGE passou a divulgar a taxa de desocupação em bases trimestrais para todo o território nacional A nova pesquisa substitui a Pesquisa Mensal de Emprego (PME), que abrangia apenas as seis principais regiões metropolitanas, e também a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) anual, que produz informações referentes somente ao mês de setembro de cada ano