Simone Kafruni
postado em 01/05/2016 08:15
A crise no setor aéreo derrubou o número de voos no país, e vêm mais cortes por aí. Na terceira semana de abril, houve redução de 1,1 mil voos em relação a período equivalente em 2015. Levantamento da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a pedido do Correio, aponta que, entre 18 e 24 de abril deste ano, Brasília recebeu 30 voos domésticos a menos do que na semana de 20 a 26 de abril de 2015. E as companhias aéreas pretendem reduzir ainda mais a malha aeroviária a partir de maio. É bom preparar o bolso, porque, com a menor oferta, as tarifas tendem a ficar mais caras, sendo que o parcelamento já encolheu.
Além de pagar mais em condições menos atrativas, os passageiros precisam se acostumar a aeronaves sempre lotadas. O Aeroporto Internacional de Brasília registrou queda de 3,77% nos voos, que caíram de 45,4 mil no primeiro trimestre de 2015 para 43,7 mil nos três primeiros meses deste ano. O número de passageiros, no entanto, aumentou 1,08%, de 4,7 milhões para 4,8 milhões no período.
O presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas, Eduardo Sanovicz, explica que as companhias estão se adequando à fraca demanda, com maior aproveitamento das aeronaves e ajuste da malha aéroviária. ;No ano passado, tivemos uma queda de 48% dos passageiros corporativos, que representam dois terços do total, e cuja tarifa média é mais alta porque a compra é realizada em cima da hora;, justificou. O setor, explicou Sanovicz, vive uma momento de queda contínua de receita, com custos em alta. ;A saída das companhias é cortar gastos;, diz.
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