Economia

Retomada do crescimento do país exige ação rápida contra gastos

Em quadro de "terra arrasada", analistas veem necessidade de corte de despesas, venda de ativos e reforma da Previdência para conter dívida. Empresas sentirão alívio em breve. Outros resultados pedem paciência

Rosana Hessel, Paulo Silva Pinto
postado em 08/05/2016 07:40
Em quadro de
As chances de que a presidente Dilma Rousseff termine esta semana despachando no terceiro andar do Palácio do Planalto são ínfimas. Estará lá o vice, Michel Temer, após a provável abertura do processo de impeachment pelo plenário do Senado Federal, na quarta-feira. Ele pretende trocar todos os ministros tão logo ocupe o cargo máximo da República, mas não conseguirá mudar o atual quadro econômico recessivo da noite para o dia, avisam especialistas.

O economista-chefe da MB Associados, Sergio Vale, qualifica o cenário da economia brasileira deixado por Dilma de ;terra arrasada;, o que pode piorar se o processo do julgamento no Senado for demorado. Mas explica que, no eventual governo de Temer, o cenário é positivo. ;Foram tantos erros acumulados que já será um bom começo não os repetir, sobretudo na área fiscal;. Ele reconhece que a retomada tende a ser lenta.

[SAIBAMAIS]Especialistas concordam quanto ao tamanho das dificuldades. ;Será uma situação parecida com a do início do Plano Real, quando os resultados fiscais eram ruins e havia muita coisa a ser resolvida;, avisa o economista-chefe da Rio Bravo Investimentos, Evandro Buccini.



Confiança vem logo
A troca de governo trará, ao menos, melhora nas expectativas. ;A retomada da confiança é rápida;, diz Buccini, que vê os índices voltando aos níveis anteriores à eleição de 2014 em breve. ;Certamente haverá novo ânimo em comparação com a paralisia que se vê no país hoje;, nota João Augusto de Castro Neves, diretor para a América Latina da consultoria norte-americana Eurasia.

O otimismo do mercado está atrelado, em parte, à provável nomeação de Henrique Meirelles como ministro da Fazenda. O ex-presidente do Banco Central (BC) sinalizou a interlocutores que pretende ampliar a desvinculação de receitas e elegeu três prioridades do novo governo. A principal delas é a limitação dos gastos públicos. As demais são a simplificação do sistema tributário e a reforma da Previdência.

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