Economia

Cenário político faz dólar subir 5% e despenca Bolsa de Valores de SP

Waldir Maranhão suspendeu o processo de tramitação do impeachment de Dilma na Câmara

Rodolfo Costa
postado em 09/05/2016 13:27
Os investidores enlouqueceram diante da decisão do presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão, de atender ao pedido da Advocaia Geral da União (AGU) para suspender o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Assim que tomaram conhecimento da medida, às 11h51, os operadores entraram em parafuso. O e a Bolsa de Valores de São Paulo (BM) despencou mais de 3%. Segundo Maranhão, uma nova sessão deve ser realizada pela Câmara dos Deputados para votar o processo de impeachment no prazo de cinco sessões a partir da devolução do processo do Senado.

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Em meio ao nervosismo, na máxima do dia, a moeda norte-americana subiu 4,81%, cotada a R$ 3,672 parta venda. Por volta das 13h, a moeda norte-americana era negociada a R$ 3,580, com elevação de 2,12%. Já a Bovespa caía 2,08%, para os 50.642 pontos. O tombo do pregão paulista está sendo puxado pelas ações de empresas estatais, em especial, as da Petrobras, que apontaram queda de mais de 10% logo depois do anúncio da decisão do presidente interino da Câmara.

Maranhão se baseou em uma ação movida pela Advocacia-Geral da União (AGU), protocolada no dia 25 de abril, na Câmara, pedido de anulação da sessão de 17 de abril na qual os deputados aprovaram o impeachment por 367 votos a 137. O pedido foi assinado pelo advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, que se reuniu ontem à noite com o presidente interino da Câmara e o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), aliado de Dilma.

Durante o fim de semana, Maranhão viajou para São Luís, tentando costurar apoio político para garantir sua permanência no comando da Câmara. Ontem, retornou a Brasíli em jatinho da FAB destinado ao deslocamento de autoridades federais. A bordo também estava Flavio Dino. Maranhão assumiu a presidência interina da Câmara na semana passada, após Eduardo Cunha (PMDB-RJ) ser afastado por decisão do Supremo Tribubal Federal (STF).

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