Economia

Fitch Ratings rebaixa quatro estados brasileiros e duas capitais

A agência norte-americana cortou de BB%2b para BB as notas do Rating de Probabilidade de Inadimplência do Emissor dos títulos de longo prazo em moeda local e estrangeira

Rosana Hessel
postado em 10/05/2016 13:38
Depois de rebaixar a classificação de risco dos títulos soberanos do Brasil de BB%2b para BB ; dois níveis abaixo do selo de bom pagador ;, na semana passada, a Fitch Ratings divulgou comunicado nesta terça-feira (10/05) reduzido as notas dos de quatro estados e de dois municípios brasileiros.

A agência norte-americana cortou de BB%2b para BB as notas do Rating de Probabilidade de Inadimplência do Emissor (IDR, na sigla em inglês) dos títulos de longo prazo em moeda local e estrangeira dos estados de São Paulo, Santa Catarina e Paraná, e das cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro, igualando as notas com as do governo federal. A Fitch também cortou BB para B%2b a avaliação do estado do Rio de Janeiro. A perspectiva dos ratings ;é negativa;, segundo a companhia.

;As ações de rating seguem o recente rebaixamento do rating soberano do Brasil para ;BB;, de ;BB%2b; (BB mais) (consulte ;Fitch Rebaixa Ratings do Brasil Para ;BB;; perspectiva negativa de 5 de maio de 2016;, informou a nota da agência. Segundo o comunicado, ; dadas as características do marco institucional brasileiro, a Fitch não classifica subnacionais acima do soberano. É o caso dos estados de São Paulo, Paraná e Santa Catarina, além dos municípios de São Paulo e do Rio de Janeiro, cujos ratings foram igualados aos do Brasil, em ;BB;, ou seja, dois patamares abaixo do grau de investimento.



Já a nota do Rio é pior, porque ;reflete sua deterioração fiscal além do esperado, assim como a ampla dependência de antecipação de receitas não-recorrentes;. ;A Fitch acredita que o Rio de Janeiro dependerá cada vez mais do suporte implícito do governo federal para lidar com a parcela da União de sua dívida total;, completou o comunicado.

A Fitch informou ainda que os IDRs dos seis subnacionais seguem a ação do soberano e provavelmente serão afetados por mudanças nos ratings do país e em suas perspectivas, além da disposição de o governo lhes prestar suporte. ;A Fitch, porém, não espera mudança na propensão da União em prestar apoio às dívidas dos subnacionais, em caso de necessidade;, informou a nota, destacando que o governo federal é o maior credor dessas unidades federativas.

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