A Petrobras terminou o primeiro trimestre do ano com prejuízo líquido de R$ 1,25 bilhão, revertendo o lucro de R$ 5,33 bilhões que a companhia registrou no mesmo período do ano passado. A receita da estatal somou R$ 70,4 bilhões no período, queda de 5%, ante os R$ 74,3 bilhões do primeiro trimestre de 2015.
A diretoria da petroleira justificou que o resultado reflete a variação cambial negativa, a redução de 7% da produção de petróleo e gás natural, a queda de 8% das vendas de derivados no mercado doméstico e o aumento dos custos com depreciação e ociosidade de equipamentos.
O resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) teve retração de 2% no trimestre, saindo de R$ 21,5 bilhões para R$ 21 bilhões. A diretoria explicou que foi o quarto trimestre consecutivo de fluxo de caixa livre positivo, de R$ 2,4 bilhões, em função das maiores margens de diesel e gasolina no mercado interno, menores gastos com participações governamentais e importações, bem como redução dos investimentos.
A Petrobras investiu R$ 15,6 bilhões no trimestre, uma queda de 13% na comparação anual. Em dólares, os investimentos atingiram US$ 4,0 bilhões, uma redução de 36%. Desde o ano passado, a companhia vem apresentando cortes em seu Plano de Negócios para se adequar aos patamares de câmbio e do preço do petróleo. Em janeiro deste ano, a companhia cortou os investimentos previstos para o período de 2015 a 2019 em 24,5%, ou US$ 32 bilhões, para US$ 98,4 bilhões.
O endividamento líquido da petroleira chegou a R$ 369,5 bilhões no fim de março, queda de 6% ante o endividamento do fim de dezembro, de R$ 391,9 bilhões. A dívida bruta caiu R$ 42,8 bilhões, saindo de R$ 492,8 bilhões no quarto trimestre do ano passado para R$ 450 bilhões no terceiro trimestre deste ano. Com isso, a alavancagem medida pela relação entre dívida líquida e resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) chegou a 5,03 vezes, ante 5,31 vezes no fim de dezembro.
A geração de caixa operacional da companhia somou R$ 17,3 bilhões, alta de 5,3% na comparação anual. Ao fim do trimestre, a Petrobras tinha R$ 77,7 bilhões em caixa, ante R$ 44,2 bilhões no mesmo período do ano passado.
Menos petróleo
A produção total de petróleo e gás natural da Petrobras atingiu 2,6 milhões de óleo equivalente por dia (boed), uma redução de 7% em comparação com o trimestre anterior. Na camada pré-sal, a operação da estatal atingiu 859 mil barris por dia (bpd), um aumento de 29% sobre o período anterior. As exportações de petróleo e derivados subiram 14%, mas o preço médio do tipo Brent caiu 37% em relação aos três primeiros meses do ano passado.
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