Jornal Correio Braziliense

Economia

Governo Temer aumentará impostos, mesmo que temporariamente, diz Meirelles

Para isso, segundo o ministro, primeiro ele e sua equipe que será anunciada na próxima segunda-feira, precisam mergulhar nos números para conhecer a realidade dos dados fiscais.



Meirelles também avisou que anunciará os nomes dos presidentes dos bancos públicos, como Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e adiantou que a escolha será a capacidade técnica. ;Serão avaliados critérios técnicos e será feita uma política de uso do banco público para sua finalidade base, que é emprestar e transferir poupança em investimento;, afirmou.

Reforma da previdência
Meirelles reforçou o anúncio do presidente em exercício Michel Temer de que os programas sociais serão preservados, inclusive, porque o impacto fiscal é ;pequeno; , se comparado com o rombo da Previdência, que é ;enorme; e cuja reforma foi destacada por ele como prioritária. ;É importante destacar quais serão as reformas que deveremos endereçar neste início de governo. Certamente a reforma previdenciária é uma delas;, afirmou ele, lembrando que o mais importante que saber o valor do benefício e com que idade se aposentará é saber ;garantir a solvência do sistema previdenciário. ;A previdência tem que ser autossustentável ao longo do tempo. Isso está na pauta de prioridades. Tem vários grupos técnicos que vão trabalhar e endereçar as questões e fazer as questões e fazer as negociações necessárias;, disse. Em relação à reforma trabalhista, que está na lista também, Meirelles disse que o governo ;vai negociar no detalhe e com segurança;. Ele ainda defendeu um teto para o gasto público e sinalizou que vai analisar as propostas já enviadas pelo seu antecessor, Nelson Barbosa, nesse sentido.

Rombo
Há uma grande preocupação do setor produtivo com um possível aumento de impostos, diante da fragilidade do caixa da empresas. Mas, na avaliação dos economistas, não haverá saída. O rombo das contas públicas não para de crescer e passará de R$ 100 bilhões neste ano. Os analistas, inclusive, já incorporam a alta de impostos na previsão de inflação de 2016, que está próxima de 7%.