Economia

Eurogrupo: resgate da Grécia sem o FMI não é uma opção

'O objetivo da reunião de hoje é alcançar um acordo com o FMI. Não é uma opção continuar sem o FMI', disse Dijsselbloem ao chegar para uma reunião dos 19 ministros das Finanças da Eurozona em Bruxelas

Agência France-Presse
postado em 24/05/2016 10:19
Bruxelas, Bélgica -O presidente do Eurogrupo, o ministro das Finanças da Holanda Jeroen Dijsselbloem, afirmou nesta terça-feira que "não é uma opção" prosseguir com o resgate da Grécia sem a participação do Fundo Monetário Internacional (FMI), que pede para isto o alívio da gigantesca dívida pública.

"O objetivo da reunião de hoje é alcançar um acordo com o FMI. Não é uma opção continuar sem o FMI", disse Dijsselbloem ao chegar para uma reunião dos 19 ministros das Finanças da Eurozona em Bruxelas.

"Há uma razão para pensar o alívio da dívida, porque é muito elevada e acontecerão alguns problemas", completou Dijsselbloem, antes de destacar que a reunião examinará como e quando conseguir uma solução.

"Muitos países do Eurogrupo sempre expressaram que queriam a permanência do FMI no programa", disse.


O Fundo, destacou Dijsselbloem, "tem muita experiência no acompanhamento dos programas de ajuda financeira para os países em dificuldades".

[SAIBAMAIS]A Grécia obteve em julho do ano passado um terceiro programa de resgate de 86 bilhões de euros. Vários países, a começar pela Alemanha, desejam a participação do FMI no programa.

A reunião desta terça-feira também será a oportunidade para que os ministros concluam a primeira auditoria do resgate, para que a Grécia possa receber uma parcela importante dos empréstimos, necessária para realizar pagamentos ao Banco Central Europeu e ao FMI em julho.

"Espero que este Eurogrupo dê um passo importante no que diz respeito à conclusão da primeira revisão do programa grego", disse o vice-presidente da Comissão Europeia, Valdis Dombrovskis.

Para concluir a atual etapa, a Grécia aprovou muitos cortes. O último pacote de ajustes foi votado no domingo pelo Parlamento grego.

"O governo grego tem feito um trabalho importante e nas últimas semanas impulsionou as reformas, medidas difíceis", disse Dijsselbloem.

"Espero que aconteça um acordo total entre as instituições para que possamos continuar com o programa", completou.

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