Economia

Retirada de urgência de projetos foi estratégia de votação, diz Padilha

Padilha disse que era preciso fazer "uma distinção". "A retirada da urgência não implica na desistência do projeto, só que perde a celeridade que a urgência constitucional prevê", afirmou.

Agência Estado
postado em 24/05/2016 13:13
O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, afirmou nesta terça-feira(24/5), que a retirada de urgência do projeto de lei complementar de socorro aos Estados enviado pela equipe de Dilma Rousseff teve como estratégia não trancar a pauta no Congresso. "A urgência constitucional não sendo voltada ela passa a obstruir", disse.

Padilha disse que era preciso fazer "uma distinção". "A retirada da urgência não implica na desistência do projeto, só que perde a celeridade que a urgência constitucional prevê", afirmou.

O presidente em exercício, Michel Temer, pediu ao Congresso Nacional que seja considerada sem efeito, e, portanto, cancelada, a urgência pedida para o projeto de lei complementar de socorro aos Estados enviado pela equipe de Dilma Rousseff aos parlamentares em março deste ano. A mensagem de Temer anulando a urgência da matéria está publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira.



Pelo projeto, elaborado ainda sob a gestão do então ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, a ajuda aos Estados e ao Distrito Federal se dará por meio de três ações: alongamento do contrato da dívida com o Tesouro por 20 anos e a consequente diluição das parcelas; possibilidade de refinanciamento das dívidas com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES); e desconto de 40% nas prestações da dívida por dois anos.

Temer ainda pediu o cancelamento da urgência de outros dois projetos. O primeiro dispõe sobre a criação de fundos de precatórios nos bancos federais para otimizar a gestão do pagamento desses débitos decorrentes de causas perdidas pela Fazenda Nacional. O outro prevê alterações na legislação sobre registro de empresas e procedimentos de Juntas Comerciais, para desburocratizar atividades relacionadas aos agentes auxiliares do comércio - armazéns gerais, leiloeiros, tradutores públicos e intérpretes comerciais.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação