O Brasil perdeu mais uma posição no Ranking de Competitividade Global da renomada escola de negócios suíça International Institute for Management Development (IMD). O país caiu da 56; colocação para a 57; classificação em uma lista e 61 economias pesquisadas, conforme o estudo anual do IMD divulgado nesta segunda-feira (30/05) em Lausanne, na Suíça. Apenas Croácia, Ucrânia, Mongólia e Venezuela ficaram atrás do Brasil no ranking global.
;A forte percepção de corrupção no país e a falta de credibilidade do governo foram alguns dos fatores para que contribuíram para essa queda;, explicou José Caballero, pesquisador sênior do centro de competitividade mundial do IMD.
Este é o sexto ano seguido de queda do país na lista de países pesquisadas pelo IMD. ;O Brasil só não caiu mais porque não há mais para onde cair no ranking;, destacou o coordenador do núcleo de Inovação e Empreendedorismo da Fundação Dom Cabral e responsável pela pesquisa do Ranking de Competitividade do IMD no Brasil, o professor Carlos Arruda. Ele destacou que houve uma piora generalizada em vários indicadores, salvo algumas exceções, como em infraestrutura. "O país conseguiu registrar um pequeno avanço, principalmente, devido aos investimentos realizados nas privatizações de aeroporto e isso melhorou um pouco a percepção dos executivos", explicou. Já no item finanças públicas, por exemplo, o Brasil ficou em último lugar, ou seja, pior até que a Venezuela.
Para realizar essa pesquisa anual, o IMD analisa mais de 300 critérios derivados de quatro fatores principais: desempenho econômico, eficiência governamental, eficiência empresarial e infraestrutura. São realizadas entrevistas com, pelo menos, 5,4 mil executivos de negócios, que avaliaram a situação em seus próprios países.
Chile lídera na AL
O Chile permaneceu como o país latino-americano melhor posicionado no ranking, apesar de perder uma colocação e ficar em 36; lugar. México desceu seis posições, mas continuou sendo o segundo na lista regional, em 39;. Na sequência ficaram a Colômbia e Peru, que se mantiveram em 51;. e 54;. lugar, respectivamente. A Argentina subiu quatro degraus e conquistou a 55;. colocação, ficando à frente até da Grécia, que ficou em 56;. depois de perder seis posições, e, portanto, conquistou dois degraus acima do Brasil.
Já os Estados Unidos, que ficaram no topo do ranking em 2015, perderam o posto e caíram para a terceira posição em 2016. A liderança do ranking ficou Hong Kong, e a Suíça ficou em segundo lugar. Esses dois países ganharam posições neste ano, pois no ano passado, estavam na segunda e na quarta colocação, respectivamente. Cingapura desceu apenas um degrau e ficou em quarto lugar.
De acordo com Caballero, os padrões dos 20 países melhores colocados no ranking do IMD são foco sobre a regulamentação ideal para negócios, infraestrutura física de boa qualidade e instituições sólidas. Logo, conforme dados do Instituto, no presente momento, ;nenhuma economia da América Latina chega perto de possuir essas qualidades para qualquer coisa como a medida do necessário para fazer progressos significativos até a classificação;.
QUADRO
Na lanterna
Brasil perdeu mais uma posição no Ranking de Competitividade Global de 2016, passando de 56;, em 2015, para 57; lugar, neste ano, entre 61 países pesquisados pela escola de negócios suíça IMD
Ranking de Competitividade Global ; IMD
Dados de 2016
Os 10 melhores colocados
1 Hong Kong
2 Suíça
3 Estados Unidos
4 Cingapura
5 Suécia
6 Dinamarca
7 Irlanda
8 Holanda
9 Noruega
10 Canadá
Os 10 piores colocados
52 África do Sul
53 Jordânia
54 Peru
55 Argentina
56 Grécia
57 Brasil
58 Croácia
59 Ucrânia
60 Mongólia
61 Venezuela
Na América Latina
Brasil só ficou à frente da Venezuela entre os países da região
36 Chile
45 México
51 Colômbia
54 Peru
55 Argentina
57 Brasil
61 Venezuela
Fonte: IMD