A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decidiu nesta terça-feira (31/5) manter a bandeira verde nas contas de luz no mês de junho. Com isso, não haverá cobrança extra para os consumidores nas faturas de energia pelo terceiro mês seguido.
De acordo com o diretor da Aneel, Reive Barros, foi o acionamento da bandeira amarela foi descartado, apesar de o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) considerar necessário acionar a usina termelétrica de Celso Furtado, na Região Nordeste, na primeira semana de junho.
Essa usina tem custo de geração de R$ 259,43 por megawatt-hora (MWh). A bandeira verde é acionada quando o custo de geração da usina mais cara em operação em todo o país, fica abaixo dos R$ 211,28 (MWh) em todas as regiões. Portanto, pela lógica do sistema de bandeiras tarifárias, seria necessário acionar a bandeira amarela em junho.
No entanto, a Aneel decidiu manter a bandeira verde porque existe um saldo positivo de R$ 3,2 bilhões na conta centralizadora das bandeiras tarifárias, que arrecada os recursos pagos por meio da conta de luz.
O órgão regulador levou em conta que a usina Celso Furtado só será acionada na primeira semana de junho. "Será possível manter a bandeira verde sem prejuízo do equilíbrio econômico-financeiro das distribuidoras", disse Barros.
A bandeira amarela adiciona R$ 1,50 a cada 100 quilowatt-hora (kWh) de consumo na conta de luz e vigorou apenas em março. De janeiro de 2015 a fevereiro de 2016, a Aneel estabeleceu bandeira vermelha, com acréscimo de R$ 3,00 ou R$ 4,50 a cada 100 kWh de consumo, dependendo do custo e da quantidade de térmicas ligadas.