Economia

Resultado do PIB coloca o Brasil na lanterna em ranking de 31 países

Queda de 5,4% no primeiro trimestre na comparação com o mesmo período de 2015 foi maior até que as da Rússia e da Grécia

Rosana Hessel
postado em 01/06/2016 13:52
O resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre divulgado nesta terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) coloca o Brasil na lanterna global dos países com os resultados já divulgados. De acordo com um levantamento feito pela Austin Rating com 31 economias, a queda de 5,4% de janeiro a março deste ano na comparação com o mesmo período do ano anterior é a maior de todas. Em 30o lugar ficou a Rússia, que teve retração de 1,2% apenas, e em 29o ficou a Grécia com o mesmo percentual de recuo.

[SAIBAMAIS];A trajetória recessiva do PIB para este ano, com a expectativa de encerrar com queda pelo segundo ano consecutivo, infelizmente, segue se materializando;, avaliou o economista-chefe da Austin, Alex Agostini. Ele lembrou que, dessa vez, o Brasil superou Grécia, Ucrânia e Rússia, que nas edições anteriores estavam com desempenho piores.

Esse ranking é liderado pelas Filipinas, que cresceu 6,9% na mesma base de comparação trimestral. China aparece em segundo lugar, com alta de 6,7% do PIB. Pelas contas de Agostini, neste ano, a economia brasileira deverá recuar 3,81%, o que fará com que o país continue na nona classificação do ranking das 10 maiores economias do mundo, a exemplo do que ocorreu em 2015, à frente apenas do Canadá. Ele prevê crescimento no país apenas em 2017, de apenas 0,55%.



Na avaliação do economista, a mudança na condução da gestão econômica, sob comando de Michel Temer e Henrique Meirelles, que reiteram o controle dos gastos públicos via redução das despesas, deve resgatar a confiança dos agentes econômicos. ;Porém, ainda enfrenta dificuldades na formação de seu ministério, bem como sua base aliada ainda frágil. Logo, não apenas as medidas anunciadas são importantes para o resgate da credibilidade do País, mas, principalmente, a execução dessas medidas e seus efeitos reais sobre os fatores de produção;, completou.

Queda de 5,4% no primeiro trimestre na comparação com o mesmo período de 2015 foi maior até que as da Rússia e da Grécia
Fonte: Austin Rating, IBGE, Bancos Centrais, Eurostat, OECD e Banco Mundial

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