Economia

Bolsas europeias caem, após dados fracos da inflação na China

Em discurso cauteloso, o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, afirmou que a falta de reformas econômicas nos países europeus tem dificultado o trabalho da autoridade monetária de impulsionar a inflação

Agência Estado
postado em 09/06/2016 14:45

Os principais índices acionários da Europa fecharam a sessão desta quinta-feira (9/6) em queda, pressionados por uma série de notícias que foram interpretadas de forma ruim pelos investidores. O Stoxx 600, índice pan-europeu que engloba vários indicadores, recuou 0,96% e fechou aos 341.25 pontos.

Em discurso cauteloso, o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, afirmou que a falta de reformas econômicas nos países europeus tem dificultado o trabalho da autoridade monetária de impulsionar a inflação. O discurso acontece um dia após o BCE ingressar no mercado de títulos corporativos, um programa multibilionário de compra de títulos que faz parte de uma tentativa da autoridade de estimular a inflação e reduzir os custos de financiamento na zona do euro.


Além da fala de Draghi, os investidores também reagiram a uma entrevista do megainvestidor George Soros dada ao Wall Street Journal, na qual ele afirmou que a eventual saída do Reino Unido da União Europeia - o chamado "Brexit" - poderia "desencadear um êxodo geral e a dissolução da União Europeia passará a ser praticamente inevitável". O plebiscito que vai decidir sobre o "Brexit" acontece no próximo dia 23.

O feriado na China e em Hong Kong e a divulgação de dados fracos da inflação do país também afetaram as bolsas europeias.

Em Londres, o índice FTSE 100 fechou em queda de 1,10%, aos 6 231,89 pontos. A Antofagasta acumulou as maiores perdas, com 6,2% de queda, seguida por outras mineradoras, como a Glencore, que recuou 5,32%. No setor bancário, Barclays caiu 1,12%.

Em Frankfurt, o DAX fechou em queda de 1,25%, aos 10.088,87 pontos, pressionado pela queda do petróleo e pelo pronunciamento de Draghi. A Volkswagen teve queda de 2,90% e a Bayer recuou 1,42%, com o mercado antecipando um lance mais alto pela compra a Monsanto.

Em Paris, o CAC 40 caiu 0,97%, aos 4.405,61 pontos, alinhado com as perdas generalizadas das bolsas europeias. A ação da Vivendi caiu 2,31%, depois de o órgão antitruste da França proibir uma aliança entre o canal por assinatura Canal Plus e o beIn Sports, do Catar. A rede hoteleira Accor também fechou em queda, de 2,83%, depois de o papel ser rebaixado pelo Credit Suisse.

Na Bolsa de Milão, o índice FTSE-Mib caiu 0,81%, para 17.763,88 pontos. Entre as ações em foco, UniCredit caiu 0,31% e Intesa Sanpaolo teve baixa de 0,90%, enquanto Telecom Italia perdeu 1,39%. Em Madri, o índice Ibex 35 caiu 0,70% e chegou a 8.769,50 pontos. ArcelorMittal recuou 2,42%, Santander caiu 0,47% e BBVA teve baixa de 0,98%. Em Lisboa, o índice fechou em queda de 0,40%, em 4.806,42 pontos, com Banco BPI em baixa de 3,56% e Banco Comercial Português em queda de 5,13%. Fonte: Dow Jones Newswires

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