Economia

CNI também pede a governo carência para pagamento de débitos tributários

A CNI também defendeu uma alíquota de 3% para o Reintegra (programa pelo qual o governo devolve às empresas porcentual relativo às receitas obtidas com exportação de produtos industrializados), além de medidas que garantam o seguro das exportações do setor

Agência Estado
postado em 21/06/2016 14:23

Um dia após o governo ter chegado a um acordo com os Estados sobre a dívida com a União, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) foi ao Ministério da Fazenda pedir carência para a quitação de débitos tributários das empresas com o governo federal por meio da reabertura de um Refis com novos prazos de pagamento. A entidade apresentou cinco propostas emergenciais para o setor e uma agenda de outras 119 medidas sem impacto fiscal que os industriais pretendem negociar com o governo.

"Assim como houve com os Estados, acreditamos que o governo pode dar um prazo para a indústria conseguir organizar seus pagamentos. Muitas empresas estão com dificuldade em tomar crédito porque têm problemas na Receita Federal. Por isso, propomos remodelar o Refis que já existe para que essas firmas possam voltar a ficar adimplentes, disse o presidente da CNI, Robson Andrade, após encontro com o ministro Henrique Meirelles

A CNI também defendeu uma alíquota de 3% para o Reintegra (programa pelo qual o governo devolve às empresas porcentual relativo às receitas obtidas com exportação de produtos industrializados), além de medidas que garantam o seguro das exportações do setor.



A entidade também pediu que o governo estude a liberação de parte dos compulsórios bancários de forma a abrir espaço para o incremento nas concessões de financiamento aos embarques de produtos para o exterior e para o capital de giro das empresas. Os industriais também querem um aumento no prazo para que as empresas recolham seus tributos mensalmente. Hoje, esse prazo vai do dia 1; ao dia 20 de cada mês, e o pleito é que seja estendido até o dia 30.

"Além das cinco propostas emergenciais, apresentamos 119 medidas sem impacto fiscal para termos uma agenda de trabalho constante com o governo. Apesar de não terem impacto fiscal, essas medidas têm efeito grande na economia. A retomada da indústria, inclusive, ajuda o governo a recuperar a arrecadação", argumentou o executivo.

De acordo com ele, Meirelles não deu nenhuma sinalização sobre prazos ou certeza sobre a implementação dessas sugestões, mas disse que o Ministério irá fazer as contas para todas elas. Além da CNI, estiveram presentes ao encontro outras 22 entidades setoriais da indústria, representando Estados e segmentos de produção.

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