Economia

Juros fecham entre estabilidade e queda, com investidor realizando lucros

O contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2017 encerrou com taxa de 13,860%, na máxima, ante 13,855% no ajuste de ontem, com 66.079 contratos. O DI janeiro de 2018 (88.897 contratos) terminou em 12,67%, de 12,68% no último ajuste

Agência Estado
postado em 14/07/2016 17:11

A queda dos juros futuros perdeu força na reta final da etapa regular desta quinta-feira (14/7) levando as taxas curtas e intermediárias a fecharem perto dos ajustes de ontem, enquanto os longos encerraram mais próximos das máximas do que das mínimas. Nas mesas de renda fixa, operadores afirmaram que o mercado passou por uma realização de lucros, uma vez que as taxas vinham de recuo firme desde a sessão anterior. Na maior parte da sessão, porém, o mercado reagiu em baixa à vitória do deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) na eleição da Câmara. Ainda, a afirmação do Banco da Inglaterra (BoE) de que vai relaxar ainda mais sua política monetária em agosto sustentou a aposta de migração de fluxo para o Brasil.

O contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2017 encerrou com taxa de 13,860%, na máxima, ante 13,855% no ajuste de ontem, com 66.079 contratos. O DI janeiro de 2018 (88.897 contratos) terminou em 12,67%, de 12,68% no último ajuste. O DI janeiro de 2019 (148.685 contratos) fechou em 12,18%, estável. O DI janeiro de 2021 (156.048 contratos) caiu de 12,04% para 11,98%, fechando perto da máxima de 11,99%. Na mínima, chegou a 11,88%.



Para o economista da Saga Capital William Michon Jr., a eleição de Maia foi o principal condutor do mercado de renda fixa. "A aprovação das medidas fiscais se tornou bem mais provável agora. Maia tem apoio do Moreira Franco, que é praticamente um conselheiro de Temer, o que dá a indicação de que as medidas fiscais terão prioridade", afirmou. Rodrigo Maia é genro do secretário-executivo do Programa de Parcerias (PPI), Moreira Franco.

Além do ambiente político mais positivo, a percepção de aumento do fluxo para o País a partir do cenário de juros baixos no exterior seguiu estimulando a montagem de posições vendidas em DI. O desfecho da reunião de política monetária do Banco da Inglaterra (BoE) frustrou num primeiro momento, uma vez que não houve queda de juros tampouco ampliação do volume da recompra de ativos. Porém, a instituição disse esperar relaxar mais a política monetária em agosto, segundo comunicado da reunião, o que, para o mercado, ficou de bom tamanho.

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