Agência Estado
postado em 14/07/2016 19:01
O dólar acumulou a terceira queda consecutiva ante o real no segmento à vista nesta quinta-feira (14/7) a despeito de nova intervenção do Banco Central no mercado. A expectativa de aumento de liquidez internacional e a amenização da turbulência política no Brasil abriram caminho para queda de 1,60% pela manhã, aos R$ 3,2170, menor valor intraday desde 1; de julho. No entanto, as perdas passaram a ser reduzidas ao longo do dia até a máxima intraday de R$ 3,2582 (-0,34%) durante a tarde, em resposta à busca por proteção diante das preocupações de que o crescimento da China poderá ficar abaixo do esperado.
No balcão, o dólar fechou hoje aos R$ 3,2594, em queda de 0,30%, com giro total de US$ 1,264 bilhão, de acordo os registros da clearing da BM Bovespa. No período de três dias, a baixa acumulada é de 1,46%. Já no mercado futuro, o contrato de dólar para agosto perdeu 0,47%, aos R$ 3,2665, com um volume de negócios de US$ 11,914 bilhões.
As recompras de moeda foram induzidas à tarde pela baixa cotação do dólar internamente e pela redução da queda no exterior, afirmou o superintendente regional da SLW Corretora, João Correa A corrida por proteção, na avaliação do profissional, foi estimulada por especulações de que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) da China, que será divulgado hoje à noite, pode vir abaixo dos 6,6% esperados por analistas.
O operador de uma corretora de câmbio disse ainda que o ajuste das cotações refletiu um movimento de remontagem de posição comprada, após a forte queda pela manhã, quando foi alvo de realização de lucros depois do fechamento de ontem, de R$ 3,2692, bem perto dos R$ 3,27.
Por toda a sessão, prevaleceu um clima de negócios positivo, decorrente da sinalização do Banco da Inglaterra (BoE) de que poderá reduzir juros em agosto, apesar de ter frustrado expectativas ao manter hoje a taxa em 0,50%. Com a vitória do deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) à presidência da Câmara, também foram intensificadas as perspectivas de encaminhamento de medidas fiscais do governo interino no Congresso.