Rodolfo Costa
postado em 19/07/2016 07:19
Os preços dos alimentos continuam exorbitantes. Frutas, verduras, legumes, grãos, sejam sementes, quase tudo está muito caro para os consumidores, que fazem o possível para driblar a inflação. Nos últimos 30 dias contados até 15 de julho, o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) captou uma alta de 0,89% dos gastos médios com alimentação, segundo divulgou ontem o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV).
O resultado foi superior ao aumento de 0,82% registrado na primeira semana do mês, mas trouxe um sinal de alento: o feijão-carioca, que tanto tem pressionado o custo de vida, subiu 42,12% ; 5,25 pontos percentuais menor do que o observado na primeira prévia do indicador. Para as famílias, no entanto, o recuo não significa qualquer sensação de alívio no bolso. A pensionista Ademilde Teixeira dos Santos, 66 anos, não abre mão de ter o arroz e feijão todos os dias na mesa de casa. Apesar de ter notado uma leve queda no valor do carioca, ainda não pretende colocar o produto no carrinho de compras. ;Está muito caro, não tem como comprar. Vou continuar substituindo por outros tipos do produto;, avaliou.
[SAIBAMAIS]Na casa dela, a família passou a consumir mais o feijão-preto. Porém, quando viu o preço desse produto no supermercado ontem, R$ 9,79, não teve dúvidas de qual levaria para casa. ;O jeito vai ser levar o fradinho. É impressionante como tudo está subindo;, disse, assustada. O feijão, no entanto, não é o único problema dos brasileiros. Em Brasília, não é raro encontrar o quilo do alho por mais de R$ 30 ou o quilo da maçã acima de R$ 8. É até raro achar uma promoção convincente. ;A gente acaba decorando todas as ofertas possíveis porque está tudo muito caro. O jeito é caçar onde tem o comércio com os valores mais baixos;, justificou a servidora pública Luciene Rocha, 56.
Para economizar, ela compra apenas o necessário para uma semana, e mesmo assim é difícil encontrar preços que valham a pena. ;O quilo da banana está um absurdo, dependendo do tipo, não sai a menos de R$ 4. Eu evito até comprar quando está muito caro e acabo levando outras frutas mais baratas. O custo do leite, então, está de matar;, criticou.
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