Agência Estado
postado em 22/07/2016 09:25
A mediana da inflação esperada pelos consumidores nos próximos 12 meses ficou em 10,0% em julho, segundo o Indicador de Expectativas Inflacionárias dos Consumidores, divulgado pela Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado é inferior ao dado de junho, que foi de 10,5%. "A queda de 0,5 p.p. em julho mostra que a alta de 0,2 ponto porcentual no mês anterior (na passagem de maio para junho) foi apenas um soluço e que a tendência é realmente de queda do indicador. A percepção de alívio na inflação pelos consumidores respalda-se na já observada queda da inflação acumulada em 12 meses (8,8% em junho), na maior repercussão na mídia de que a inflação será menor no futuro e no recuo contínuo da inflação de preços administrados, que somente neste ano já cedeu 8,1 p.p.", afirma o economista Pedro Costa Ferreira, do Instituto Brasileiro de Economia da FGV, em nota oficial.
Em julho, a maior queda no indicador ocorreu entre os consumidores com renda entre R$ 2.100,01 e R$ 4.800,00, que esperam inflação de 9,9%, após um recuo de 0,9 ponto porcentual no último mês.
A pesquisa mostra ainda que 36,2% dos consumidores esperam inflação superior a 10% nos próximos 12 meses, o menor montante desde setembro de 2015. O intervalo de inflação entre 9,0% e 10,0% passou a ser o mais citado pelos entrevistados, o que não ocorria desde novembro de 2015.
O Indicador de Expectativas Inflacionárias dos Consumidores é obtido com base em informações coletadas no âmbito da Sondagem do Consumidor.
Produzidos desde setembro de 2005, os dados vinham sendo divulgados de forma acessória às análises sobre a evolução da confiança do consumidor. Desde maio de 2014, as informações passaram a ser anunciadas separadamente.
A Sondagem do Consumidor da FGV coleta mensalmente informações de mais de 2,1 mil brasileiros em sete das principais capitais do País. Cerca de 75% desses entrevistados respondem aos quesitos relacionados às expectativas de inflação.