Economia

Ilan:consenso que crescimento passa pela tríade monetária,fiscal e reformas

Usando discurso parecido com o feito pelo presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, Ilan Goldfajn notou que a política monetária "não pode fazer todo o trabalho".

Agência Estado
postado em 24/07/2016 10:31
Chengdu - O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, destacou neste domingo que há consenso no grupo das 20 maiores economias do mundo, o G-20, de que as políticas para o crescimento devem ser compostas por uma "tríade formada por política monetária, política fiscal e reformas estruturais". Usando discurso parecido com o feito pelo presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, Ilan Goldfajn notou que a política monetária "não pode fazer todo o trabalho".

"É consenso que o esforço para a recuperação do crescimento passa pela tríade necessariamente formada pela política monetária, política fiscal e reformas estruturais", disse em entrevista no fim do encontro financeiro de dois dias na China. Após forte ação das políticas monetárias em vários países do mundo e sem espaço para política fiscal na maioria das economias, o G-20 defende fortemente que nações devem adotar reformas estruturais para terem crescimento sustentável.

Ao ser questionado sobre as afirmações do ministro chinês de Finanças, Lou Jiwei, de que diminuiu a eficácia dos remédios tradicionais usados contra a crise como corte de juro, Ilan Goldfajn explicou que há receio sobre a potência da política monetária porque muitos países desenvolvidos têm juros em um piso histórico, muito perto de zero ou até negativo. "Mas o Brexit mostrou que ainda há espaço porque os bancos centrais atuaram e houve efeito", disse.

Mesmo com esse espaço observado pós-Brexit, Goldfajn defende a tríade monetária, fiscal e de reformas. "A política monetária não pode fazer todo o trabalho. Por isso, o esforço coordenado de política monetária, fiscal e reformas estruturais para alavancar o crescimento", disse.

Ao ser questionado se a tríade também se aplicava ao Brasil, o presidente do BC disse que não poderia falar por estar em período de silêncio gerado pela divulgação da ata do Comitê de Política Monetária (Copom).

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