Economia

Itaú teve bom trimestre apesar de ambiente difícil, diz vice-presidente

O Itaú anunciou na terça-feira, 2, lucro líquido recorrente de R$ 5,575 bilhões no segundo trimestre

Agência Estado
postado em 03/08/2016 12:56
O segundo trimestre foi "bom" para o Itaú Unibanco apesar do ambiente ainda difícil, de acordo com o vice-presidente executivo, Eduardo Mazzilli de Vassimon. "Tivemos um bom trimestre apesar do ambiente econômico ainda difícil. Há sinais mais positivos e que nos dão uma visão um pouco mais construtiva quanto ao desenvolvimento da economia", disse ele, em teleconferência com analistas e investidores, na manhã desta quarta-feira, 3.

[SAIBAMAIS]Ao comentar os resultados do Itaú no segundo trimestre, o executivo destacou o fato de a rentabilidade do Itaú ter voltado para o patamar acima dos 20%. O retorno recorrente sobre o patrimônio líquido médio anualizado (ROE) do banco foi a 20,6% no período contra 19,6% no primeiro trimestre. No segundo trimestre de 2015 estava em 24,8%. No primeiro semestre, o retorno foi a 20,1% ante 24,7% registrado ao final de junho de 2015. Vassimon disse ainda que a alíquota de imposto de renda do banco (IR) deve ficar entre 27% e 28%.

O Itaú anunciou na terça-feira, 2, lucro líquido recorrente de R$ 5,575 bilhões no segundo trimestre, cifra 9,11% menor que a registrada em igual intervalo de 2015, de R$ 6,134 bilhões. Ao final de junho, somou R$ 1,396 trilhão em ativos totais, alta de 4,7% em um ano, enquanto seu patrimônio líquido foi a R$ 110,587 bilhões, crescimento de 9,8% na mesma base de comparação.

Provisões
O Itaú Unibanco espera que suas provisões para devedores duvidosos, chamadas de PDDs, tenham crescimento moderado nos próximos trimestres, segundo Vassimon. Para o terceiro trimestre, o banco espera volume maior do que o verificado no segundo trimestre, mas inferior ao primeiro, quando o banco reforçou seu colchão para perdas de forma "antecipatória". "O pico das provisões neste ano foi no primeiro trimestre, tanto no total como no segmento de atacado", disse.

As despesas com provisões para devedores duvidosos (PDDs) do Itaú encerraram junho em R$ 6,337 bilhões, cifra 19,0% menor em relação a março, quando ficaram em R$ 7,824 bilhões. Em um ano, quando somaram R$ 5,768 bilhões, aumentou 9,9%. No semestre, esses gastos foram a R$ 11,482 bilhões, alta de 23,3% em um ano

O saldo de PDDs do banco alcançou R$ 38,470 bilhões de abril a junho, aumento de 29,11% em um ano, quando estava em R$ 29,796 bilhões. Em relação aos três meses imediatamente anteriores, quando estava em R$ 38,241 bilhões, cresceu 0,60%.

Previsões para margem financeira
A margem financeira com o mercado do Itaú Unibanco deve apresentar resultado melhor em 2016, totalizando R$ 6 bilhões, e não R$ 5 bilhões como o banco havia sinalizado anteriormente, segundo Vassimon.



"Havíamos mencionado que o ritmo seria de R$ 5 bilhões por ano, mas com o resultado do primeiro semestre e a incorporação do CorpBanca, entendemos que o número mais adequado é de R$ 6 bilhões", explicou ele, na teleconferência com analistas e investidores. De janeiro a junho, a margem financeira com o mercado do Itaú totalizou R$ 3,257 bilhões.

Norma do BC
O Itaú Unibanco não vê impacto com a norma que o Banco Central divulgou recentemente sobre avais e fianças, segundo Vassimon. "Estamos muito confortáveis com as nossas provisões para avais e fianças e para a nossa carteira geral. A norma do BC vem formalizar situação que de fato já era seguida por alguns bancos", afirmou.

Segundo o executivo, o Itaú já constituiu provisão complementar para eventuais perdas com avais e fianças.

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