Economia

Investidores nacionais e estrangeiros dão crédito de confiança ao Planalto

Em reunião com o ministro da Fazenda, representantes de bancos e empresários dizem esperar que o ajuste fiscal seja reforçado após impeachment de Dilma

Rosana Hessel
postado em 05/08/2016 06:10
Derrotado em decisões recentes do governo, Meirelles aposta tudo na aprovação da PEC que limita gastos públicos

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, manteve a agenda cheia ontem conversando com representes de bancos e empresários para tentar manter a credibilidade da politica econômica. Repetindo o discurso de que o presidente interino, Michel Temer, está comprometido com o ajuste fiscal, ele recebeu em seu gabinete investidores nacionais e estrangeiros, que mantiveram o voto de confiança no governo. O ministro, entretanto, não adiantou nenhuma medida de curto prazo para equilibrar as contas públicas, que caminham para o maior deficit da história neste ano.

Pela meta da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), o rombo de 2016 poderá chegar a R$ 170,5 bilhões. Entretanto, há receio de que o valor seja superado porque Temer concedeu uma série de benesses que podem custar caro aos contribuintes, como os aumentos salariais para o funcionalismo e as concessões aos estados na discussão do projeto de lei de renegociação da dívidas com a União.

Em conversas reservadas com o Blog do Vicente, executivos de grandes empresas que estiveram ontem com Meirelles disseram que mantêm a confiança no governo. Apesar das derrotas recentes do ministro, eles acreditam que o ajuste fiscal será reforçado depois da aprovação definitiva do impeachment da presidente afastada, Dilma Rousseff.

;O voto de confiança no governo Temer permanecerá, por enquanto. Mas o governo realmente precisará ser muito mais convincente depois do afastamento definitivo de Dilma;, afirmou um integrante do grupo de investidores que esteve na Fazenda.

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