Jornal Correio Braziliense

Economia

Passagens caras e renda em queda afastam brasileiros das viagens de avião

Fluxo de passageiros está em declínio há 11 meses seguidos. Somente no primeiro semestre do ano, 3,7 milhões de pessoas deixaram de voar



O cozinheiro lamenta que, por conta da crise, não poderá mais visitar a família tanto quanto gostaria. ;De avião, eu podia aproveitar feriados prolongados. Cheguei a fazer duas a três viagens por ano. De ônibus, só posso ir nas férias, uma única vez. Mas meu orçamento apertou. Não sobra mais dinheiro;, afirma. Assim como Bruno, 3,7 milhões de pessoas deixaram de voar este ano.

Dados da Associação Brasileira de Empresas Aéreas (Abear) apontam que o fluxo de passageiros caiu 8% entre o primeiro semestre do ano passado e igual período de 2016, de 46,9 milhões para 43,3 milhões. Os números são a compilação das estatísticas de Avianca, Azul, Gol e Latam, responsáveis por 99% do mercado doméstico. A demanda completou, em junho, 11 meses de retração.

Com o agravamento da recessão, vale o esforço para economizar qualquer quantia. A administradora Josélia Lima, 61, passou uns dias no Rio de Janeiro e, na volta, preferiu pagar R$ 368 pelo ônibus leito do que mais de R$ 800 pelo trecho aéreo. ;Viajo bastante de avião, mas sempre pesquisando as promoções e comprando com antecedência. Como, desta vez, foi uma decisão de última hora, os preços estavam muito altos. Mas a viagem de ônibus, apesar das 20 horas, foi muito tranquila.;

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