Paulo Silva Pinto
postado em 23/08/2016 07:54
O quadro final de medalhas dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro confirmou o que muita gente desconfiava: resultados dependem de dinheiro. Em geral, as nações mais desenvolvidas são as que se dão bem. Alguns países conseguem ser mais eficientes do que outros no esforço de transformar recursos em medalhas. Mas, literalmente, nada surge de graça. Na maior parte dos casos, o desempenho positivo no pódio vem a partir de gastos públicos, mais do que de patrocinadores privados. Predomina a avaliação de que esse desembolso traz benefícios, ainda que haja divergências.
;Em geral, os países com melhor desempenho são os mais ricos, afinal os pobres têm outras prioridades além do esporte, como sanar problemas básicos;, disse Renato Fragelli, professor da Fundação Getulio Vargas. ;Os casos de países pobres que se saem bem em geral são ditaduras, porque o governo pode escolher como alocar os recursos, ainda que não o direcione para que seria mais importante.;
O professor da FGV cita o caso de países do Leste Europeu que, durante o período da Guerra Fria, investiam no esporte como forma de propaganda da eficiência do regime. A Hungria mantém o preparo realizado naquela época. Tanto que ficou em 12; posição, com oito medalhas de ouro, à frente do Brasil (leia quadro acima). Quando se leva em conta o tamanho da economia do país e a população, é um resultado até melhor do que o dos Estados Unidos.
O economista-chefe da Gradual Investimentos, André Perfeito, chama a atenção para o fato de que melhorar o desempenho olímpico já foi uma preocupação também do governo norte-americano. ;Eles colocaram muito dinheiro nisso depois da Segunda Guerra Mundial;, afirmou. Mais tarde, os patrocínios privados passaram a ser preponderantes para os resultados.
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